Política

Partido Novo isola Ricardo Salles após polêmica com Amazônia

Sigla reforçou que pode punir partidários que desobedeçam às ordens do Estatuto

Ministro Ricardo Salles foi suspenso temporariamente do Partido Novo. (Foto: Reprodução)
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O Partido Novo publicou nota, nesta quinta-feira 22, para “tirar o corpo fora” dos escândalos que envolvem o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, filiado à sigla. Segundo o texto, a legenda não o indicou ao cargo e, desde 31 de maio, proíbe que membros permaneçam sob seu guarda-chuva caso ocupem cargos públicos sem indicação.

“Esclarecemos, mais uma vez, que o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles não foi uma indicação do Novo e, portanto, não representa a instituição. O ministro foi escolhido e responde ao presidente Jair Bolsonaro”, afirma. “Não há qualquer interferência ou participação do partido na gestão do Ministério do Meio Ambiente. O ministro não mantém nenhum contato com o partido quanto aos seus planos, metas e objetivos para a pasta. Só temos conhecimento das suas ações quando divulgadas publicamente.”

Na tentativa de isolar o ministro, o Novo também alega que Salles não cumpre funções para a sigla e diz que, em 31 de maio, emitiu resolução que pede suspensão de partidários que ocupem cargos sem indicação da cúpula. No entanto, esta norma não pode ser aplicada a Salles por não ter efeito retroativo.

A sigla reforça ainda que possui instrumentos para punir filiados que desobedeçam às ordens do partido. “O Novo conta com o Conselho de Ética Partidária, um órgão colegiado e independente, apto a receber de seus filiados eventuais processos por descumprimento do Estatuto.”

Em um recado direto ao ministro, a legenda diz que quer postura de equilíbrio e diálogo de seus filiados. “Os mandatários do Novo no legislativo e executivo têm atuado com equilíbrio, diálogo e baseado suas políticas públicas e propostas em dados, fatos e evidências. Esta é a postura que esperamos de todos os membros do atual governo, em especial daqueles que são filiados ao Novo, como o ministro Ricardo Salles”, completa a nota.

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