Política
Paralisação no Ceará chega ao sétimo dia com 147 assassinatos
Dados se referem a meia-noite de quarta-feira 19 e 23h59 do domingo 23, mostrando desaceleração nos assassinatos registrados

A paralisação dos policiais no Ceará chega ao seu sétimo dia nesta segunda-feira 24 e o número de assassinatos sofre uma pequena desaceleração em relação aos demais dias. São 147 casos registrados entre a meia-noite de quarta-feira 19 e 23h59 de domingo 23.
No domingo 23, o governo contabilizou 25 mortes em Fortaleza, região metropolitana e interior. Ainda que seja alto, o número é menor do que os 34 contabilizados no sábado e 37 na sexta, o dia mais violento no Estado desde o início da paralisação.
Da sexta-feira 21 ao 23, foram afastados das funções por envolvimento no motim 230 policiais, com a instauração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Destes, 150 são soldados, mas a lista também inclui cabos, sargentos e subtenentes.
Os afastamentos, a princípio, são preventivos e devem durar 120 dias. As investigações apuram práticas “de ato incompreensível com a função pública, gerando clamor público, tornando os afastamentos necessários à garantia da ordem pública”, segundo o Diário Oficial do Estado (DOE).
Ainda no domingo, 37 policiais considerados desertores foram presos por faltarem a uma chamada para trabalhar na segurança em festas de carnaval no interior do Ceará.
A paralisação da categoria começou na terça-feira 18, depois de um grupo de policiais não concordar com o aumento salarial proposto pelo governador Camilo Santana. A segurança no Estado passou a contar com o reforço de 150 agentes da Força Nacional e 2,5 mil soldados do Exército, além de 212 policiais rodoviários federais, policiais civis e PMs de batalhões que não aderiram à paralisação.
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