O secretário chefe da Secom (Secretaria de Comunicação), Fabio Wajngarten, negou irregularidades e omissões em relação aos negócios de sua empresa privada com o governo federal – o que motivou uma investigação da Polícia Federal sobre o caso -, e afirmou que quem o denuncia possui “interesses comerciais e políticos”.
As declarações foram feitas à Revista Veja em uma entrevista publicada nesta sexta-feira 07. A relação com a imprensa e com o jornalismo, para Fabio Wajngarten, dependem de uma “vírgula” que ele define como verdade e profissionalismo. Ao repórter, porém, o secretário não conseguiu se lembrar de algum caso de “fake news” provenientes do jornalismo profissional.
Ao ser questionado sobre a série de reportagens do jornal Folha de S. Paulo que aponta conflito de interesses entre o cargo público do secretário e uma empresa que fornece serviços à grupos de comunicação, Wajngarten afirma que nunca foi questionado pelo governo sobre seus negócios, mas acredita – embora sem provas – que toda a ação se explica por seu perfil “inovador” no mercado midiático.
“Sou um questionador dos dados do Ibope. Sempre fui”, argumenta. “Não tenho provas, mas desconfio que a origem de tudo vem daí. Agora que a Polícia Federal vai investigar o caso, os fatos serão devidamente esclarecidos.”, disse o secretário. ”
Apesar da investigação movida pela Polícia Federal, Wajngarten afirma que o presidente Jair Bolsonaro “reassegurou os votos de confiança” nele.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login