Política

Padilha diz que o PT tem preocupação com a segurança de Lula: ‘Estamos sob alerta’

Em entrevista a CartaCapital, o deputado e ex-ministro da Saúde afirma que ‘vamos viver uma guerra política’ na eleição deste ano

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP). Foto: Reprodução
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Uma das figuras mais próximas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) admitiu preocupação na legenda em relação à segurança do ex-presidente.

A declaração ocorre em meio a uma escalada de ameaças públicas à vida de Lula, como a que ocorreu nesta semana por parte do deputado estadual Coronel Lee (DC-PR), que afirmou que mandaria o ex-presidente “visitar amigos” no “inferno” caso visitasse o estado.

Em entrevista nesta sexta-feira 8 ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no YouTube, Padilha lembrou a ida de Lula ao Paraná em 2018, quando um ônibus de sua caravana foi alvo de tiros.

“Tentaram construir situações como essa”, disse o ex-ministro da Saúde de Dilma Rousseff (PT). “A gente tem preocupação, sim, em relação ao presidente Lula.”

Em outro trecho, Padilha declarou que os petistas estão “muito sob alerta”.

Entre as ações para evitar atentados, o parlamentar frisou os esforços para que testemunhas de ameaças façam denúncias ao partido e para que se construa uma agenda de solidariedade internacional. O congressista também disse que houve ajustes na campanha para garantir a segurança de Lula.

Para Padilha, a disputa para presidente da República deve impactar os pleitos estaduais. “Não vamos viver uma eleição normal. Vamos viver uma guerra política.”

Segundo ele, conforme as expectativas do PT, a aliança de Lula com o ex-tucano Geraldo Alckmin, agora no PSB, deve contribuir para a construção de “estabilidade”, diante de ameaças do presidente Jair Bolsonaro (PL) às instituições da democracia. O petista recordou o episódio em que apoiadores de Donald Trump invadiram o Capitólio, nos Estados Unidos, em protesto contra a vitória de Joe Biden.

“Se o Trump fez o que fez na democracia dos Estados Unidos, imagina o que Bolsonaro não pensa em fazer na nossa frágil democracia brasileira. Ele está testando o tempo todo”, disse Padilha. “Agregar uma figura como o ex-governador Alckmin dá um peso institucional e um diálogo com segmentos sociais que ele representa.”

Confira, a seguir, a entrevista na íntegra:

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