Política
Pacheco lê o requerimento da CPI do MEC, mas a investigação só deve começar após a eleição
A oposição pretende recorrer à Justiça para que os trabalhos sejam iniciados antes do prazo definido por líderes do Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu nesta quarta-feira 6 o requerimento da CPI do MEC no plenário da Casa. As investigações, no entanto, deverão começar só após as eleições de outubro.
A leitura do documento em plenário faz parte do regimento do Congresso para a instalação de uma CPI. O rito só ocorreu após o acerto entre lideranças do Senado em uma reunião na terça-feira.
O documento foi o último de uma série de pedidos de instalação de CPIs registrados ao microfone por Pacheco. Ele leu as solicitações de abertura de comissões de inquéritos sobre queimadas na Amazônia, narcotráfico e obras públicas inacabadas.
Apesar de já poderem ser iniciadas, bastando que os partidos indiquem os membros das comissões, as investigações só deverão começar mesmo após o período eleitoral. A decisão por ‘adiar’ o princípio dos trabalhos foi tomada pela maioria dos líderes durante a reunião com Pacheco nesta terça, sob o argumento de que estarão envolvidos no pleito.
“Esperamos agora é a instalação imediata da CPI do MEC, porque essa é uma exigência que temos feito. Atendemos a todos os requisitos para uma CPI e, se essa instalação não ocorrer até o final do recesso parlamentar, muito provavelmente vamos entrar no Supremo pedindo a instalação imediata”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE) em conversa com CartaCapital logo após a leitura em plenário.
A oposição, conforme registrou o senador, pretende recorrer à Justiça para que os trabalhos sejam iniciados antes do prazo definido por Pacheco e outros líderes. A ideia é usar o mesmo artifício que deu início à CPI da Covid, no ano passado.
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