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Pacheco desconversa sobre STF e candidatura em Minas, mas não descarta nenhuma das opções
O senador é o preferido de Lula para concorrer à sucessão de Zema, e tem o nome ventilado para a vaga aberta com a aposentadoria de Barroso


Com futuro indefinido na política, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) espera definições do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Correndo por fora nas apostas pela vaga pela deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), ele é cotado, também, para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026. Perguntado sobre as duas possibilidades nesta quinta-feira 23, ele desconversou, mas não descartou nenhuma delas.
Em conversa com jornalistas em Brasília, ele disse que aguarda a decisão de Lula sobre o Supremo. Depois de se dizerhonrado com a possibilidade de indicação, ele preferiu, desta vez, afirmar que não há nada concreto.
“É muito importante que se aguarde a decisão do presidente, de modo que é muito difícil comentar a respeito disso. (…) Não há de se precipitar nenhuma especulação em relação a isso”, disse. “A decisão que for tomada por ele será, evidentemente, por mim e por todas, respeitada”.
Nos últimos meses, Lula tem deixado claro que gostaria de ter Pacheco em seu palanque em 2026, como candidato ao governo de Minas – o segundo estado mais populoso do país. O senador, mais uma vez, não descartou o tema. Mas também não foi incisivo.
“É natural que haja especulações sobre essa questão de candidatura. Muito brevemente, considero que devamos discutir e decidir isso, e é muito importante que, para esse processo eleitoral de 2026, haja opções em um campo democrático”, ponderou, prometendo uma decisão até o fim do ano. “Esse campo democrático deverá se reorganizar e apresentar bons nomes para o governo, o Senado e chapas para deputados federais”.
“Quando terminei a presidência do Senado, a minha tendência, era uma tendência muito forte, de fechar meu ciclo na vida pública. Em conversas com várias pessoas, ao longo do ano, adiamos um pouco essa decisão, para poder discutir as questões de Minas, as alternativas que nós temos, sobretudo temas relevantes como o endividamento do estado”, disse.
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