Política

Ouvidoria de Derrite enfraquece o controle da atividade policial, diz OAB-SP

O novo órgão é visto como uma tentativa de enfraquecer o mecanismo de controle atual

Ouvidoria de Derrite enfraquece o controle da atividade policial, diz OAB-SP
Ouvidoria de Derrite enfraquece o controle da atividade policial, diz OAB-SP
Tarcísio de Freitas e o secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite. Foto: Rogério Cassimiro/Governo do Estado de SP
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A Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) criticou, nesta segunda-feira 2, da iniciativa do secretário do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite, de criar uma Ouvidoria de Segurança Pública.

Atualmente o estado já conta com a Ouvidoria das Polícias e a criação do novo órgão – apelidado de “ouvidoria paralela – é vista como uma tentativa de enfraquecer o mecanismo de controle atual. O atual ouvidor das Polícias, Claudio Aparecido Silva, tem se manifestado publicamente de forma crítica a gestão Tarcísio.

O novo órgão é mais um passo no enfraquecimento da transparência da atividade policial, diz a nota, assinada pela presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini, e pelo presidente da Comissão de Segurança Pública, Alberto Zacharias Toron.

“Os investimentos públicos devem ser direcionados à atual Ouvidoria das Polícias. É preciso fortalecer o órgão, dando estrutura e autonomia para que este exerça o controle externo da atividade policial e continue sendo a voz da população”, diz o texto.

Por fim, a nota manifesta “indignação” com a criação da segunda ouvidoria, afirmando que não há razões objetivas para se criar um segundo órgão com atribuições sobrepostas.

Justificando sua criação, a Secretaria da Segurança Pública afirma que o novo órgão vai receber denúncias, sugestões e avaliações de serviços como registro de boletim de ocorrência e coleta de DNA. Enquanto isso, a Ouvidoria das Polícias continuará responsável por receber queixas de “violações de direitos fundamentais cometidas por policiais”.

A criação da segunda ouvidoria já entrou na mira da oposição, que protocolou um projeto de decreto legislativo (PDL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para tentar barrar a iniciativa.

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