Osmar Terra diz que se baseou ’em fatos’ ao fazer previsões falsas sobre pandemia

'As previsões que eu fiz não foram baseadas num estudo matemático apocalíptico', alegou o deputado na CPI da Covid

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Apoie Siga-nos no

O deputado Osmar Terra (MDB-RS), apontado como um dos principais influenciadores do presidente Jair Bolsonaro na pandemia de Covid-19, negou nesta terça-feira 22 que tenha apresentado uma proposta de “contaminar a população livremente”.

A aposta na imunidade de rebanho por meio da contaminação com o vírus é uma das linhas de investigação da CPI da Covid, colocando o chefe do Planalto no centro da apuração.

 

 

“Imunidade de rebanho é uma consequência, é como terminam todas as pandemias, quando a população, por vacina, e nesse caso deve ser por vacina, ou não, chega a um porcentual que termina com a pandemia”, disse Osmar Terra em sua fala inicial no depoimento.


Ele ainda criticou as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação da Covid-19, apesar da orientação de autoridades sanitárias. “Se isolamento funcionasse, ninguém morria em asilo.”

Osmar Terra também se antecipou ao comentar as previsões “furadas” feitas por ele no ano passado, quando disse, por exemplo, que a pandemia duraria 14 semanas e seria menos grave do que a H1N1.

Ele criticou, por outro lado, “estudos apocalípticos” sobre o número de óbitos.

“As previsões que eu fiz não foram baseadas num estudo matemático apocalíptico como do Imperial College, mas aos fatos que existiam na época. Em fevereiro e março, os fatos concretos eram a epidemia da China. Ela começou, subiu, desceu e terminou. Tem 4 mil mortos na China até hoje. Isso nos levou à ideia de que não seria tão grave.”

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.