Política

Os planos do PL para o futuro de Bolsonaro e Michelle, segundo Valdemar Costa Neto

O cacique do Centrão insinuou que a ex-primeira-dama poderá até ser candidata à Presidência da República

Foto: Carolina Antunes/PR
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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, revelou qual deve ser o papel a ser desempenhado por Jair Bolsonaro quando ele retornar ao Brasil. Na mesma declaração, disse ainda ter planos ambiciosos para Michelle, que, segundo ele, poderá se tornar candidata à Presidência da República.

Segundo contou ao jornal O Globo, o ex-capitão será responsável por gerir a ala mais radical do partido, uma vez que Valdemar e os demais políticos tradicionais da legenda não conseguiriam controlar o grupo.

“Quero que ele volte [ao Brasil], porque ele é muito importante para nós. Por exemplo, para conduzir essa bancada de direita que nós temos aqui. O pessoal é muito extrema-direita. Com Bolsonaro aqui, eu estou no céu. Eles ouvem Bolsonaro. Não vão ouvir a mim”, afirmou Valdemar. “[Os planos para Bolsonaro são] Cuidar desses pessoal [de extrema-direita no PL] e viajar, ser convidado para todos os eventos, e começar a pôr a vida em dia”.

Na mesma conversa, Valdemar ainda destacou ter uma visão ambiciosa para Michelle Bolsonaro na política. “E [o plano para] a Michelle [é] cuidar da parte das mulheres [no partido]. Ela tem condições. Ela pode ser candidata até a presidente da República. Ninguém sabe o dia de amanhã”.

Segundo o político, Bolsonaro deverá chegar no Brasil no final deste mês. Conforme destacou CartaCapital, o visto para se manter nos EUA vence na segunda-feira e restam poucas opções para que o ex-capitão fique em solo norte-americano. Michelle, inclusive, já desembarcou em Brasília na noite de quinta-feira.

Apesar da afirmação de Valdemar, informações do jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira dão conta de que o ex-capitão teria solicitado mais um mês de hospedagem na casa onde está desde dezembro do ano passado. A casa em que está hospedado pertence ao lutador José Aldo e o pedido, segundo a reportagem, teria sido feito diretamente por Bolsonaro ao atleta.

‘Quase morte’

Ainda ao jornal, Valdemar contou também que achou que Bolsonaro iria morrer pelo ‘baque’ causado pela derrota eleitoral para Lula.

“Quando fui lá na segunda-feira [após a eleição], ele estava um pó. Quando eu o vi após uma semana, eu achei que ele ia morrer. O cara estava desintegrando”, revelou o cacique do Centrão. “Passaram três ou quatro semanas, e vi que ele melhorou. Perguntei o que era, e ele disse que estava comendo, porque ele ficava quatro ou cinco dias sem comer nada. O mundo dele virou de ponta-cabeça”.

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