Os planos de Tarcísio e Nunes para a segurança na região central de São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que pretende ampliar o efetivo de segurança nas ruas com mais de 2 mil militares até o fim deste ano.

As declarações surgem após um novo saque a estabelecimentos na região central da capital paulista. Na manhã do sábado 27, uma loja de eletrônicos foi invadida e roubada por um grupo na rua Santa Ifigênia.

“Vamos fazer a convocação de militares da reserva para assumir funções administrativas no quartel e liberar efetivo para a cidade. Lamentamos os crimes noticiados e, em parceria com a prefeitura, vamos investir tempo e energia para mudar a realidade do centro”, disse, durante uma agenda na zona sul paulistana, da qual participou o prefeito Ricardo Nunes (MDB), na segunda-feira 29.

O governo Tarcísio ainda deve investir em câmeras de monitoramento por meio do programa Muralha Paulista, com orçamento de 158 milhões de reais.

Um vídeo gravado pelo circuito de segurança do comércio saqueado mostra o momento em que um grupo, aparentemente envolvido no fluxo da Cracolândia, força a porta de entrada. Logo na sequência é possível ver um grande número de pessoas saindo com mercadorias nas mãos. O dono do estabelecimento estimou um prejuízo de R$ 300 mil, e disse que vai fechar o comércio.

No domingo 28, Ricardo Nunes disse que planeja levar mais 500 agentes da Guarda Civil Metropolitana às ruas do centro. O prefeito voltou a mencionar a central de monitoramento do Smart Sampa, que funcionará no Palácio dos Correios, no Vale do Anhangabaú, com entrega prevista para 16 de fevereiro.

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, imagens das câmeras de segurança do local estão sendo analisadas e a vítima já foi ouvida pelos policiais.

O estado de São Paulo registrou um recorde de furtos em 2023. Somente de janeiro a outubro, as delegacias de polícia contabilizaram 481.800 ocorrências, contra 466.626 em 2022, uma alta de 3%. O recorde anterior era de 2005, com 472.322 casos em dez meses. Na capital foram 208.700 casos em 2023, ante 193.572 em 2022, um aumento de 8%.