Os acertos e o erro de Lula nas ações sobre o conflito entre Israel e Hamas, segundo pesquisa

As ações do presidente diante da violência no Oriente Médio foram bem avaliadas pela população, de acordo com a nova pesquisa Quaest; visão da postura oficial sobre o Hamas destoa

Lula conversa, por telefone, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Foto: Ricardo Stuckert / PR

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As ações do governo Lula (PT) diante da escalada do conflito entre Israel e Hamas foram bem avaliadas pela população brasileira. Os resultados constam na nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira 25.

De acordo com a pesquisa, a articulação do presidente com outros líderes mundiais para resgatar os brasileiros que estavam em Israel é a ação com a melhor avaliação. Ao todo, 85% dos entrevistados indicaram visão positiva sobre as conversas do petista com os países do Oriente Médio durante a operação de resgate. Só 2% viram como negativa a ação. Outros 8% classificaram como regular.

Resultado bem semelhante aparece na avaliação sobre a decisão de Lula em disponibilizar o avião presidencial para buscar os brasileiros que estão na região de conflito. Assim como no primeiro caso, 85% indicam aprovação da postura. 3% reprovam e 8% acham regular.

A missão de resgate como um todo recebe a aprovação de 72% dos entrevistados, que marcam como positiva a postura do governo federal de priorizar a ação após a escalada da violência no Oriente Médio. Para 15%, a priorização do resgate foi regular. 6% indicaram visão negativa da postura da atual gestão, neste tópico.

A posição externa por Lula sobre o conflito – que condena as ações de violência tanto do Hamas, quanto de Israel – é o item com a maior divisão. 35% acham positiva essa posição de maior neutralidade e que busca uma alternativa de cessar-fogo; 31% avaliam como regular a medida; e 23% acham negativa.


O único erro

Segundo os resultados da pesquisa Quaest desta quarta, Lula teve um único erro até aqui nas ações relacionadas ao conflito entre Hamas e Israel: não classificar o grupo islâmico como terrorista.

Ao todo, 57% dos entrevistados dizem discordar da decisão do Brasil de não classificar o Hamas como terrorista. 26% concordam e outros 17% não souberam responder.

A decisão, explicou o governo em comunicado recente, foi tomada para seguir a classificação oficial da ONU, que não coloca o Hamas na lista de grupos terroristas globais. O termo, no entanto, foi usado em diversas ocasiões pelo governo para se referir ao ataque feito contra Israel.

A pesquisa

O levantamento desta quarta conta com 2 mil entrevistas presenciais feitas entre os dias 19 e 22 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%. No recorte principal, a pesquisa mostrou que Lula é aprovado por 54% dos brasileiros.

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