Ao menos dez nomes intimamente ligados a Jair Bolsonaro (PL) não conseguiram triunfar nestas eleições e protagonizaram os maiores fracassos da extrema-direita brasileira neste 2 de outubro. Os nomes vão desde familiares até blogueiros que defendiam com unhas e dentes o ex-capitão. CartaCapital listou dez das maiores derrotas do clã no pleito deste domingo.
Confira:
1) Ana Cristina Valle (ex-mulher de Bolsonaro)
Usando o nome Cristina Bolsonaro nas urnas, Ana Cristina Siqueira Valle, a ex-mulher de Jair e mãe de Renan, protagonizou o terceiro fracasso eleitoral da sua carreira política e não foi eleita como deputada distrital do DF nas eleições deste domingo. Ela teve apenas 1.845 votos e sequer chegou perto de ser eleita.
2) Fabrício Queiroz (o articulador das rachadinhas)
Outra figura íntima do clã-Bolsonaro a concorrer a estas eleições era Fabrício Queiroz, suspeito de ser o articulador do esquema de rachadinhas nos gabinetes da família do ex-capitão. Ele disputava uma vaga de deputado estadual no Rio de Janeiro, mas teve apenas 6.701 votos.
3) Frederick Wassef (advogado de Bolsonaro)
O advogado da família de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, disputou o cargo de deputado federal por São Paulo, mas não chegou a 4 mil votos.
4) Sergio Camargo (ex-presidente da Fundação Palmares)
Um dos membros da tropa de choque de Jair, Sérgio Camargo deixou a presidência da Fundação Palmares para se aventurar nas urnas com o apoio do ex-capitão. Assim como Wassef, buscava uma vaga na Câmara por São Paulo. Nas urnas, conseguiu apenas 13 mil votos.
5) Nise Yamaguchi (integrante do gabinete paralelo da Saúde)
Tendo ganhado destaque durante a CPI da Covid por ser uma das porta-vozes do negacionismo de Bolsonaro, a médica Nise Yamaguchi foi outra bolsonarista derrotada nas urnas em SP. Ela conseguiu 36.690 votos, mas sequer alcançou números para ser listada como suplente do PROS.
6) Léo Índio (primo e ex-assessor do clã-Bolsonaro)
Com a alcunha de Léo Índio Bolsonaro, o primo dos três filhos mais velhos do ex-capitão também não alcançou votos suficientes para se eleger como deputado distrital no DF. Ele é ex-assessor do clã-Bolsonaro e nome próximo da família, mas reuniu apenas 1.801 votos.
7) Fabiano (intérprete do Bolsonaro)
O intérprete de libras do ex-capitão, Fabiano Guimarães da Rocha, que é famoso por participar das lives de Bolsonaro, conseguiu apenas 7 mil votos na disputa pela vaga na Câmara dos Deputados.
8) Max Guilherme (assessor de Bolsonaro)
Promovido de segurança para o cargo de assessor direto do presidente, Max Guilherme tentou surfar na onda e até usar o nome de Bolsonaro nas urnas, mas foi barrado pela Justiça. Ainda assim, recebeu o apoio do ex-capitão pedindo votos. O resultado da empreitada, no entanto, ficou bem aquém do esperado pelo clã e Max alcançou apenas 9 mil votos na disputa pela Câmara dos Deputados.
9) Adrilles Jorge (comentarista bolsonarista)
Figura cativa na programação da Jovem Pan, Adrilles Jorge também fracassou na sua tentativa de chegar a Brasília neste domingo. Nas urnas, somou 91.485 votos e não conseguiu sequer o posto de suplente no PTB.
10) Douglas Garcia (amigo de Tarcísio Freitas)
Um dos poucos eleitos em 2018 a não romper com o ex-capitão, Garcia é um dos mais vocais brancaleone do bolsonarismo nas redes sociais. Figurinha carimbada na campanha de Tarcísio e nas passagens de Bolsonaro por São Paulo, o deputado estadual Douglas Garcia não conseguiu alcançar seu objetivo de ser eleito como deputado federal.
Apesar da carreira política marcada por episódios polêmicos e ofensivos, ele teve apenas 25.549 votos neste domingo.
Bônus:
Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara)
Um pouco mais distante do clã, mas tentando surfar na onda do bolsonarismo e do antipetismo, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha foi outro membro da extrema-direita a não ser eleito. O ex-deputado recém-saído da prisão mudou seu domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para São Paulo, mas a manobra só foi suficiente para somar 5 mil votos.
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