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Operação da PF mira contratos fraudulentos na Secretaria de Saúde de Cuiabá

Investigações apontaram irregularidades em contratos envolvendo softwares de gestão e aluguel de ambulâncias na cidade

Operação da PF mira contratos fraudulentos na Secretaria de Saúde de Cuiabá
Operação da PF mira contratos fraudulentos na Secretaria de Saúde de Cuiabá
Divulgação Polícia Federal
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A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira 28, uma operação que visa combater possíveis crimes de fraude à licitação e peculato em detrimento da Secretaria Municipal de Saúde do município de Cuiabá, no Mato Grosso.

Ao todo, os agentes cumprem 32 mandados de busca e apreensão em cidades do Mato Grosso, do Amazonas, do Tocantins e no Distrito Federal.

As medidas foram autorizadas pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, por crimes cometidos nos anos de 2021 a 2023.

Para a operação, são duas investigações em curso sobre os contratos fraudulentos.

A primeira delas, desenvolvida com a colaboração da Controladoria-Geral da União (CGU), apura a contratação de empresa para o fornecimento de um software de gestão documental. O valor aproximado do contrato é de 14 milhões de reais.

As análises revelaram a potencial prática de crimes contra administração pública, dentre eles peculato e fraude à licitação ou contrato público.

As apurações apontam indícios de montagem no processo de adesão à ata de registro de preço, com participação de diversas empresas parceiras. Os investigadores aponta também que a liberação e pagamento das licenças do software não possuíam correlação com a efetiva implantação da funcionalidade.

Após o pagamento de mais da metade do contrato, o ente público, por portaria, estabeleceu o uso de um sistema de informação diverso para a gestão documental da unidade.

A segunda investigação procura aprofundar as apurações sobre a formalização e execução de contratos de locação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal.

As diligências evidenciaram que os veículos empregados na execução dos serviços não pertenciam ao vencedor da licitação. A empresa tambem não possuía capacidade técnica para atender ao serviço.

Dentre os veículos usados, constatou-se a utilização de ao menos automóvel registrado em nome do pai de um dos servidores públicos responsáveis pela fiscalização do contrato.

As identidades dos alvos não foram reveladas até o momento pela Polícia Federal. A prefeitura da cidade ainda não comentou o caso.

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