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ONU alerta para combate à desinformação no 2º turno e pede que vontade do eleitor seja respeitada

Porta-voz da entidade destaca a obrigação que os estado e autoridades públicas têm em garantir que seja respeitada a vontade do eleitor

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Miguel Schincariol/AFP
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O Alto Comissariado da ONU pediu que as autoridades brasileiras respeitem o direito de livre escolha do cidadão neste 2º turno das eleições e combatam a desinformação. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira 28 em Genebra.

Na reunião, a porta-voz de direitos humanos da entidade, Ravina Shamdasani, reforçou a preocupação da entidade expressada ainda no 1º turno sobre a “conduta das campanhas nesta eleição”. Neste primeiro momento, o alerta teria sido para episódios de violência política.

No 2º turno, que ocorre no dia 30, a ONU destaca a obrigação que os estado e autoridades públicas têm em garantir que seja respeitada a vontade do eleitor. “Autoridades precisam adotar todas as medidas existentes para combater desinformação, para proteger a liberdade de expressão e para garantir que todos os cidadãos – sem qualquer tipo de discriminação – possam exercitar de forma segura seus direitos de livremente escolher seus representantes”, afirmou a porta-voz nesta sexta-feira, em Genebra.

Segundo apuração do UOL, diversas capitais estrangeiras já preparam telegramas para que, ainda no domingo, o presidente eleito seja reconhecido e parabenizado por outros líderes. A estratégia, já utilizada na eleição de Joe Biden, tem como intuito sufocar insurreições e questionamentos diante o resultado das urnas.

Ultraconservadores também se articulam

Se por um lado há a preocupação de entidades que queiram garantir  a lisura do processo eleitoral brasileiro, outras partes pretendem questiona-la no intuito de manter a extrema-direita no poder.

No mundo, alguns dos principais portais de extrema direita divulgaram notícias nos últimos dias sugerindo que a agenda ultraconservadora estaria sob ameaça no Brasil, caso o atual presidente não vença as eleições.

Nas redes, grupos ainda divulgam apoio à política econômica ultraliberal defendida por Bolsonaro e o apoiam em temas de segurança pública. Em campanha no 1º turno, Jair Bolsonaro chegou a divulgar um vídeo em que recebe apoio de diversas lideranças da extrema-direita em outros países – quase todos os nomes estavam fora da atuação em seus governos ou tinham sido derrotados nas mais recentes eleições.

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