Omissos e conspiradores

O levante de 8 de janeiro foi o desfecho de um complô alimentado por militares desde novembro

O coronel Fernandes da Hora, que acompanhou Lula na revista às tropas, tentou impedir a prisão de golpistas. O general Menezes não cumpriu o dever de defender o Palácio do Planalto - Imagem: EB e Ricardo Stuckert/PR

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Em 27 de dezembro, Ibaneis Rocha, então governador do Distrito Federal, e Júlio Danilo, seu secretário de Segurança Pública na época, reuniram-se com Flavio Dino e Andrei Rodrigues, os futuros ministro da Justiça e chefe da Polícia Federal do governo Lula, para acertar detalhes da segurança na posse do petista. Havia apreensão em Brasília em razão de ameaças à vida do sucessor de Jair Bolsonaro. Foi pouco antes de entrar no Rolls-Royce presidencial em 1° de janeiro que Lula decidiria desfilar em carro aberto. Ibaneis disse naquela reunião que mandaria a polícia desmontar até o fim de dezembro o acampamento bolsonarista na porta do quartel-general do Exército. Contou que um ministro do Supremo Tribunal Federal o havia orientado. Teria sido Alexandre de Moraes? Na decisão que afastou o governador do cargo por “omissão” dolosa” na insurreição de 8 de janeiro, ­Moraes escreveu que o acampamento “estava infestado de terroristas”.

A PM foi ao QG verde-oliva em Brasília na manhã de 29 de dezembro e não pôde cumprir a ordem de desmonte. O Exército não permitiu. O secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, insistiu para que a desmontagem fosse retomada ao longo do dia, e nada feito. Quem teria se colocado contra? O chefe do QG, general Gustavo Henrique de Menezes Dutra? Ou o próprio comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes? “Ordem do comando do Exército”, declarou Ibaneis ao depor à PF em 13 de janeiro.

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7 comentários

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 24 de janeiro de 2023 03h25
Parece que alguns homens do Exército brasileiro não sabem que a entidade não é uma instituição de Governo e sim de Estado. Bolsonaro alimentou tanto o ego e o bolso desses generais que eles se arvoram em querer ser e saber mais que os outros além de se imiscuir em demasia nas coisas públicas. O tal general Júlio César de Arruda, bolsonarista convicto, teve que levar uma invertida do Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente Lula pela sua indisciplina e não cumprir determinações em exonerar o coronel Cid que supostamente operou uma espécie de caixa 2 no governo Bolsonaro, foi exonerado e substituído pelo general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva. Algumas disciplinas adotadas nas escolas fundamentais na época da Ditadura Militar, Educação Moral e Cívica e OSPB deveriam ser ministradas nas escolas militares e até mesmo nas escolas de oficiais brasileiras. Parece que muitos militares não sabem o seu real papel na instituição. Deveriam saber a biografia de muitos civis da política, por exemplo deveriam saber da importância de um Leonel Brizola, Darcy Ribeiro , Franco Montoro, Ulysses Guimarães e do próprio presidente Lula. É mais que urgente que o governo Lula faça mesmo a desbolsonarização das Forças Armadas e que se tenha uma mudança de mentalidade na preparação dos cadetes de modo que se oriente que já saímos de há muito tempo da guerra fria, que o comunismo não existiu no Brasil e nunca foi uma ameaça à nação, muito pelo contrário. O maior problema do país é a desigualdade social, a fome ,a falta de consciência e a ignorância nos quarteis e em muitos outros segmentos da população brasileira.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 24 de janeiro de 2023 03h21
Parece que alguns homens do Exército brasileiro não sabem que a entidade não é uma instituição de Governo e sim de Estado. Bolsonaro alimentou tanto o ego e o bolso desses generais que eles se arvoram em querer ser e saber mais que os outros além de se imiscuir em demasia nas coisas públicas. O tal general Júlio César de Arruda, bolsonarista convicto, teve que levar uma invertida do Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente Lula pela sua indisciplina e não cumprir determinações em exonerar o coronel Cid que supostamente operou uma espécie de caixa 2 no governo Bolsonaro, foi exonerado e substituído pelo general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva. Algumas disciplinas adotadas nas escolas fundamentais na época da Ditadura Militar, Educação Moral e Cívica e OSPB deveriam ser ministradas nas escolas militares e até mesmo nas escolas de oficiais brasileiras. Parece que muitos militares não sabem o seu real papel na instituição. Deveriam saber a biografia de muitos civis da política, por exemplo deveriam saber da importância de um Leonel Brizola, Darcy Ribeiro , Franco Montoro, Ulysses Guimarães e do próprio presidente Lula. É mais que urgente que o governo Lula faça mesmo a desbolsonarização das Forças Armadas e que se tenha uma mudança de mentalidade na preparação dos cadetes de modo que se oriente que já saímos de há muito tempo da guerra fria, que o comunismo não existiu no Brasil e nunca foi uma ameaça à nação, muito pelo contrário. O maior problema do país é a desigualdade social, a fome ,a falta de consciência e a ignorância nos quarteis e em muitos outros segmentos da população brasileira.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 24 de janeiro de 2023 03h19
Parece que alguns homens do Exército brasileiro não sabem que a entidade não é uma instituição de Governo e sim de Estado. Bolsonaro alimentou tanto o ego e o bolso desses generais que eles se arvoram em querer ser e saber mais que os outros além de se imiscuir em demasia nas coisas públicas. O tal general Júlio César de Arruda, bolsonarista convicto, teve que levar uma invertida do Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente Lula pela sua indisciplina e não cumprir determinações em exonerar o coronel Cid que supostamente operou uma espécie de caixa 2 no governo Bolsonaro, foi exonerado e substituído pelo general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva. Algumas disciplinas adotadas nas escolas fundamentais na época da Ditadura Militar, Educação Moral e Cívica e OSPB deveriam ser ministradas nas escolas militares e até mesmo nas escolas de oficiais brasileiras. Parece que muitos militares não sabem o seu real papel na instituição. Deveriam saber a biografia de muitos civis da política, por exemplo deveriam saber da importância de um Leonel Brizola, Darcy Ribeiro , Franco Montoro, Ulysses Guimarães e do próprio presidente Lula. É mais que urgente que o governo Lula faça mesmo a desbolsonarização das Forças Armadas e que se tenha uma mudança de mentalidade na preparação dos cadetes de modo que se oriente que já saímos de há muito tempo da guerra fria, que o comunismo não existiu no Brasil e nunca foi uma ameaça à nação, muito pelo contrário. O maior problema do país é a desigualdade social, a fome ,a falta de consciência e a ignorância nos quarteis e em muitos outros segmentos da população brasileira.
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 24 de janeiro de 2023 03h19
Parece que alguns homens do Exército brasileiro não sabem que a entidade não é uma instituição de Governo e sim de Estado. Bolsonaro alimentou tanto o ego e o bolso desses generais que eles se arvoram em querer ser e saber mais que os outros além de se imiscuir em demasia nas coisas públicas. O tal general Júlio César de Arruda, bolsonarista convicto, teve que levar uma invertida do Comandante em chefe das Forças Armadas, o presidente Lula pela sua indisciplina e não cumprir determinações em exonerar o coronel Cid que supostamente operou uma espécie de caixa 2 no governo Bolsonaro, foi exonerado e substituído pelo general Tomaz Miguel Ribeiro Paiva. Algumas disciplinas adotadas nas escolas fundamentais na época da Ditadura Militar, Educação Moral e Cívica e OSPB deveriam ser ministradas nas escolas militares e até mesmo nas escolas de oficiais brasileiras. Parece que muitos militares não sabem o seu real papel na instituição. Deveriam saber a biografia de muitos civis da política, por exemplo deveriam saber da importância de um Leonel Brizola, Darcy Ribeiro , Franco Montoro, Ulysses Guimarães e do próprio presidente Lula. É mais que urgente que o governo Lula faça mesmo a desbolsonarização das Forças Armadas e que se tenha uma mudança de mentalidade na preparação dos cadetes de modo que se oriente que já saímos de há muito tempo da guerra fria, que o comunismo não existiu no Brasil e nunca foi uma ameaça à nação, muito pelo contrário. O maior problema do país é a desigualdade social, a fome ,a falta de consciência e a ignorância nos quarteis e em muitos outros segmentos da população brasileira.
Edson menezes de souza 21 de janeiro de 2023 14h18
A justiça brasileira é lenta e falha. Esperamos nesse caso, exceção.
Edson menezes de souza 21 de janeiro de 2023 14h17
José Carlos Gama 20 de janeiro de 2023 20h10
O estado democratico de direito, juntamente as forças civis deste pais, devem punir de forma exemplar e com isso mostrar quem de fato manda no pais independente das forças expurias que vinga na constituiçao de 1988.

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

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