Política

O recado de Otoni de Paula aos bolsonaristas acampados nos quartéis

O deputado criticou a postura de Bolsonaro após a derrota e disparou aos apoiadores: ‘Não se iludam. Vocês serão presos e não haverá ninguém que os defenda’

O recado de Otoni de Paula aos bolsonaristas acampados nos quartéis
O recado de Otoni de Paula aos bolsonaristas acampados nos quartéis
Foto: Reprodução
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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), aliado do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), criticou a postura do ex-capitão desde a derrota para Lula (PT) na eleição nacional deste ano.

Em entrevista a um canal bolsonarista na internet, o parlamentar cobrou do presidente um posicionamento aos seus apoiadores que, desde o fim do segundo turno, acampam em frente a quartéis em várias cidades do País.

“As frases e as fotos enigmáticas [do presidente nas redes sociais] estão fazendo tão mal ao povo. Beira a covardia, a manipulação“, declarou o deputado. “Tem pessoas se divorciando, com crise no casamento, porque resolveram acampar há 40 dias na porta de quarteis. Tem brasileiros que perderam o emprego e que estão em uma situação lamentável, movidos por amor à pátria. Ele [Bolsonaro] não tem o direito de estar em silêncio”.

De acordo com Otoni, “Bolsonaro precisa falar claramente ao seu povo”, pois “se não parar de blefar, a sua derrota será avassaladora”.

Na conversa, que foi ao ar no sábado 17, o deputado deixou um recado aos bolsonaristas que seguem nas manifestações contra o resultado da eleição.

“Eu digo com muita tristeza. [Os apoiadores] acham que o presidente Bolsonaro vai agir e eu digo olhando para a câmera: ‘não vai'”, afirmou. “Não se iludam. Saiam das portas dos quarteis. Vocês serão presos e não haverá ninguém que os defenda“.

Para Otoni, após o relatório das Forças Armadas sobre as urnas não encontrar “elementos factíveis e palpáveis” de fraude, “não nos restava  mais nada a não ser reconhecer que houve uma derrota”.

“Podemos questionar que houve uma manipulação moral”, disse para completar: “mas não há provas para ter a base de que houve alguma fraude eleitoral”.

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