Política

O que se sabe sobre a provável filiação de Tarcísio de Freitas ao PL

Governador de São Paulo, atualmente no Republicanos, pode migrar para a legenda de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto antes das eleições municipais

Foto: Alan Santos/PR
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O presidente da Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou neste domingo 19 que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deverá se filiar ao PL ainda antes das eleições deste ano. A declaração foi dada ao jornal O Globo. 

A chegada de Tarcísio ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro poderá causar reflexos diretos na composição dos palanques das eleições municipais. 

“Estive na semana passada, em um jantar com o [senador] Rogério Marinho e com o governador Tarcísio. Ele me disse que vem antes das eleições, acredito que até julho. O PL fará uma festa para recebê-lo”, disse Valdemar ao jornal.

A possível mudança de partido, foi noticiada inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo neste final de semana. Apesar da confirmação de Valdemar, Tarcísio ainda não não comentou o caso.

A saída do governador do Republicanos, sua atual legenda, no entanto, já é dada como certa. Isso porque, a situação de Tarcísio no partido estaria desgastada após a nomeação de Silvio Costa Filho no Ministério dos Portos e Aeroportos.

A indicação de um político para compor a equipe de Lula (PT) teria deixado a ala bolsonarista do Republicanos, da qual Tarcísio faz parte, significativamente incomodada. O governador ensaia, desde então, a sua migração.

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, era tido como um dos últimos entraves para a troca de legendas. Sua resistência, porém, teria sido vencida em uma negociação sobre a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara.

Pereira, principal concorrente na disputa pela vaga, não dificultaria a saída de Tarcísio e, em troca, receberia ajuda do governador para se reaproximar de Bolsonaro. A ideia é ter o apoio dos parlamentares ligados ao ex-capitão na disputa interna da Câmara.

O apoio de Tarcísio também seria um fator para Pereira dar o aval para a negociação entre as siglas. O governador, com a inelegibilidade de Bolsonaro, é visto como um possível detentor do espólio político do ex-capitão e poderia engordar a base de Pereira entre os deputados.

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