Política
O que falta para o acordo entre o Mercosul e a União Europeia sair, segundo Lula
Tema foi tratado com a presidenta da Comissão Europeia durante a cúpula do G7


O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado 15 que está otimista com o andamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Entretanto, é preciso esperar definições sobre o cenário político europeu para novos avanços.
Segundo o presidente, o bloco sul-americano já está pronto para assinar o documento. “Depois de todas as tratativas que o Brasil fez para mudar o acordo, colocando as coisas que nós achávamos necessárias colocar, e tirando as coisas que nós achávamos necessárias tirar, o Brasil está pronto, para na hora que a União Europeia quiser, assinar o acordo”, afirmou.
Lula lembrou que no fim de junho acontecem novas eleições na França, já que o presidente Emmanuel anunciou a dissolução da Assembleia de Deputados após a vitória histórica da extrema-direita no pleito europeu. “Então nós temos que aguardar”, completou.
O tema foi tratado com a presidenta da Comissão Europeia, Ursula Gertrud von der Leyen, durante a estada do presidente Lula na região da Puglia, onde participou da cúpula do G7, grupo dos países mais ricos.
O projeto de pacto, cujas negociações começaram em 1999, prevê eliminar a maioria das tarifas entre as duas zonas criando um espaço comercial de mais de 700 milhões de consumidores.
Após um acordo político em 2019, a oposição de vários países, incluindo a França, bloqueou sua adoção definitiva, uma rejeição que se fortaleceu com a crise agrícola que atinge a Europa. Outros países como Alemanha e Espanha defendem sua adoção.
Para o acordo ser celebrado, é necessária a assinatura de todos os 27 países membros da União Europeia e de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, membros do Mercosul.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.