Mundo

O primeiro caminho não é o da paz, mas o da necessidade de parar a guerra, diz Lula sobre a Ucrânia

O presidente reforçou que o Brasil condena a ocupação territorial da Ucrânia, mas ponderou ser necessário ‘não estimular a continuidade do erro’

O primeiro caminho não é o da paz, mas o da necessidade de parar a guerra, diz Lula sobre a Ucrânia
O primeiro caminho não é o da paz, mas o da necessidade de parar a guerra, diz Lula sobre a Ucrânia
Lula e o premiê holandês, Mark Rutte, em Brasília. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) recebeu nesta terça-feira 9 a visita oficial do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, no Palácio do Planalto. O premiê está em missão comercial no país, acompanhado de uma comitiva de empresários. A visita começou em São Paulo, passa por Brasília e chega ao Ceará.

Após o encontro, o petista afirmou ter discutido com Rutte “a questão da Ucrânia”. Lula voltou a defender a formação de um grupo de países para intermediar a negociação pela paz, mas admitiu estar diante de uma tarefa complexa.

“Conversei com a China, vou conversar com a Índia, com a Indonésia, vou conversar com outros países no G7 para saber se a gente encontra o caminho. O primeiro caminho não é o da paz, é o da necessidade de parar a guerra. Quando parar a guerra, é possível que a gente crie condições de negociar o fim dessa guerra para sempre e que os países possam se colocar de acordo. Não é fácil”, disse o presidente.

Lula reforçou que o Brasil condena a ocupação do território ucraniano por tropas russas, mas ponderou ser necessário “não estimular a continuidade do erro”. O assessor especial de política externa da Presidência, Celso Amorim, visita a Ucrânia nesta quarta-feira 10.

“Espero que ele me traga não a solução, mas indícios de soluções, para que a gente possa começar a conversar sobre paz”, disse Lula. “Ele já sabe o que o [Vladimir] Putin quer, agora vai saber o que quer o [Volodymyr] Zelensky, e aí vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de parar essa guerra.”

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo