Economia
O novo bate-boca na Câmara durante audiência com Haddad
Em reação, o ministro afirmou que a ‘maior vagabundagem’ tributária foi não corrigir a tabela do Imposto de Renda
Uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara nesta quarta-feira 24, destinada a ouvir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), teve mais um bate-boca entre deputados.
O desentendimento começou após Delegado Caveira (PL-PA) criticar Haddad pelo que considera excesso de tributos, chamando-o de “Taxad”. O apelido jocoso ganhou tração nas redes sociais em julho, em meio a uma ofensiva de bolsonaristas com a divulgação de memes acompanhados de trocadilhos contra o ministro.
Marcon (PT-RS) interrompeu Caveira, que reagiu: “Porra, deputado, cala a boca. Quando for sua vez, você fala o que quiser”. O presidente do colegiado, Rodolfo Nogueira (PL-MS), pediu calma aos deputados, mas o entrevero persistiu por alguns segundos.
Ao retomar a palavra, Haddad respondeu às provocações afirmando que a “maior vagabundagem” tributária foi não corrigir a tabela do Imposto de Renda, o que “taxa de maneira cruel” os trabalhadores. “Agora, taxar bet, super rico e banco, isso o senhor pode usar apelido à vontade”, rebateu o ministro, que também criticou o governo Jair Bolsonaro (PL), apoiado por Caveira.
Assista à discussão:
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Solução para a guerra deve levar em conta preocupações dos dois lados, diz Lula a Zelensky
Por CartaCapital
Haddad não vai à ONU e ficará em Brasília para acompanhar possível votação de isenção do IR
Por Agência Brasil



