O lavajatismo saca a arma

Quais interesses movem o ataque orquestrado à ação no STF que pede a revisão dos acordos de leniência?

Método. Moro e Dallagnol eram parceiros não em uma investigação, mas em um projeto político e partidário – Imagem: Redes sociais

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Tem causado peculiar repercussão a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental proposta pelo PSOL, Solidariedade e PCdoB para, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, tratar dos acordos de leniência anticorrupção celebrados entre o Estado brasileiro e as empresas ao longo da Operação Lava Jato.

A repercussão majoritariamente negativa contra a referida ação, da qual somos um dos advogados subscritores, ocorre para refutar as teses jurídicas ali deduzidas, mas também para atacar diretamente os causídicos que nela atuam, o que nos provoca especial estarrecimento.

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2 comentários

ricardo fernandes de oliveira 10 de maio de 2023 17h30
O fato é que o psol, partido que teve origem no movimento sem-teto, está mais preocupado em defender a odebrecht do que os que sem-teto. Por que o psol não entrou com uma ação constitucional para que o direito à moradia, previsto no art 6 da constituição, fosse garantido? Será a odebrecht uma empresa de vulneráveis? Não tem a odebrecht um quadro jurídico ou meios jurídicos para se defender? Devemos desconsiderar que todo o crescimento da odebrecht e outras se deu por meio de licitações fraudadas, coisa que não começou no governo do pt? O que pretendem psol e pc do b senão reescrever a história, para dizer que não houve corrupção no governo do pt, que, para não ficar muito exposto, não Assinou essa pantomima?
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 7 de maio de 2023 05h05
A operação Lava Jato foi um desastre para a economia brasileira e um atentado contra princípios constitucionais além de despolitização e um criminalização da advocacia. A dupla Moro e Dallagnol foram as figuras chaves que urdiram toda essa trama diabólica, aproveitando-se no período histórico político, de uma fragilização do governo Dilma passando pelo governo espúrio de Temer para o do sinistro Bolsonaro. Tais personagens travestidos, de toga e de poderes ministeriais e “messiânicos” se utilizando do ativismo judicial, destruíram reputações, quebraram empresas, perseguiram testemunhas, forjaram delações premiadas para o seu desiderato político de alcance do poder. Urge, que se desmobilize esses atuais parlamentares cassando-lhes os respectivos mandatos de senador e deputado, eis que imbuídos de seus desvios de caráter, atentaram contra o Estado, provocaram o afastamento de uma presidenta eleita e trabalharam para condenar e prender um homem inocente, e agora, se insurgem contra alguns ministros do STF com o escopo de neutralizarem as decisões da alta corte que vai revogar os acordos de leniência. Este é o Brazil contra o Brasil.

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O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

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