Política

O futuro de Sergio Moro no União Brasil, segundo dirigente

O partido vive uma divisão interna sobre apoiar ou não o governo do petista

O senador eleito Sergio Moro. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O presidente do União Brasil do Rio de Janeiro, Waguinho, que também é prefeito de Belford Roxo, não aposta que o senador eleito Sergio Moro terá vida longa no partido.

Isso porque a sigla deve compor a base de sustentação do presidente Lula (PT) após ganhar dois ministérios: o das Comunicações com Juscelino Filho (União-MA) e o do Turismo com Daniela, que é esposa de Waguinho. Um terceiro nome, o de Waldez Góes, que comandará a pasta da Integração e Desenvolvimento Regional, deve se filiar à sigla em breve.

Moro está fora da trincheira do União Brasil“, disse Waguinho a CartaCapital no domingo 1º durante a posse de Lula. Ele foi peça crucial na campanha do petista em uma região dominada pelo bolsonarismo.

Nesta segunda-feira 2, o ex-juiz usou as redes sociais para alfinetar o presidente empossado. “Não quero atrapalhar a festa, mas, em algum momento, vocês ouviram Lula falar em combater a corrupção nos seus discursos de ontem?”, questionou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O União Brasil, como mostrou CartaCapital, vive uma divisão interna sobre apoiar ou não o governo do petista. Na semana passada, o líder da sigla na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), indicaram que a legenda terá uma posição de independência.

A divergência ocorre após o senador Davi Alcolumbre (AP) protagonizar a negociação que resultou nos indicados da sigla ao governo.

Bivar chegou a declarar que os integrantes do partido que vão fazer parte do novo governo foram uma “escolha pessoal” de Lula.

À reportagem, Waguinho disse que a resistência de alguns partidários em aderir à gestão do petista “será superada”. “Grande parte está afinada com o Lula”, afirmou. “E a outra parte também vai estar”.

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