O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou apenas nesta sexta-feira 12 sobre a morte do carioca Evaldo Rosa dos Santos, na tarde do último domingo, 7. O carro em que estava com a família foi metralhado por 80 tiros disparados por militares do Exército no Rio. Apesar disso, diz o presidente: “O Exército não matou ninguém.”
Em entrevista durante inauguração do aeroporto de Macapá, Bolsonaro disse que a instituição não pode ser acusada de ser “assassina”. “O Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de assassino. Houve um incidente. Houve uma morte. Lamentamos ser um cidadão trabalhador, honesto”, afirmou.
Na quarta-feira 10, a juíza Mariana Queiroz Aquino, da 1ª auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, decretou prisão preventiva de nove militares envolvidos na morte do músico. Eles alegaram que reagiram a uma “injusta agressão”. O veículo dirigido por Evaldo teria sido “confundido” com outro, supostamente envolvido em um assalto.
Familiares das vítimas do fuzilamento denunciam que os militares continuaram atirando mesmo com sinais de que havia uma criança no carro, atingiram outros civis que tentaram ajudar a família alvejada e, depois, ainda riram do ocorrido.
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