Política
O climão entre Hugo Motta e Haddad sobre o ‘quase parlamentarismo’
O presidente da Câmara dos Deputados disse que “Brasil não precisa de mais imposto”


O clima azedou entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta segunda-feira 26. O deputado fez críticas ao controle fiscal do Executivo após o ministro dizer que o Brasil vive um “quase parlamentarismo”.
A declaração de Haddad foi dada ao jornal O Globo. Segundo o ministro, o País viveria sob o jugo do Congresso nos temas fiscais, avançando sobre a responsabilidade da presidência da República. “Hoje nós vivemos um quase parlamentarismo. Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso”, afirmou.
Já Hugo Motta usou a sua conta no X para reafirmar o papel da Câmara como auxiliadora do governo na estabilidade financeira do país e afirmou que a Casa continuará a “aprovar os bons projetos que chegam do Executivo”.
O presidente da Câmara disse ainda que o governo Lula (PT) “não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”. “O Brasil não precisa de mais imposto”, escreveu.
A tensão ocorre depois do decreto e do recuo do Ministério da Fazenda sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF. A controvérsia reacendeu críticas de opositores (e uma fábrica de memes) contra Fernando Haddad e as medidas de arrecadação do governo federal.
Na última terça-feira 21, Motta anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa. Segundo o deputado, o GT vai buscar trabalhar “para diminuição da máquina pública” para haver mais recursos para investir em questões estratégicas para o País.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.