Aliados do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), dizem que a chance de derrota do parlamentar para Rogério Marinho (PL-RN) na disputa pelo comando da Casa Alta é zero.
Correligionários de Pacheco negam, inclusive, que haja na reta final da campanha um movimento capaz de levar a eleição para o segundo turno, mesmo com a possível candidatura de Eduardo Girão (Podemos-CE).
“Ele [Girão] revela quantos votos tem?”, ironizou um interlocutor de Pacheco em conversa com CartaCapital. “Não há a menor chance”.
Para ser reeleito no primeiro turno, o mineiro precisa receber 41 votos dos 81 senadores. “A chance de virada [por parte de Marinho] é zero”, afirmou à reportagem um senador do PT. Um outro parlamentar disse que Pacheco vence “sem sobressaltos”.
O pleito ocorre na próxima quarta-feira 1, logo após a posse dos 27 senadores eleitos em outubro.
Indefinição nos cargos
Os partidos aliados de Pacheco, que dão como certa a vitória do senador, agora disputam os cargos na Mesa Diretora e o comando das principais comissões, como a de Constituição e Justiça (CCJ). Buscam ser atendidas as bancadas de PT, MDB, PSD e União Brasil.
“Temos que saber qual será a ordem da pedida. Se a nossa [PT] for a primeira será a CCJ”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). “Se for a segunda, será a CAE [Comissão de Assuntos Econômicos]”.
Apoiam a candidatura de Pachedo, além de PT, MDB, União Brasil e PSD, o PDT, o PSB, o Cidadania e a Rede. Sem traições, o presidente do Senado pode alcançar 50 votos.
Com o seu PL, o PP e o Republicanos, Marinho tem, em tese, 23 votos.
Na quarta ou na quinta-feira 2 também serão eleitos os membros da nova Mesa Diretora composta por primeiro e segundo-vice-presidentes; e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários com seus suplentes.
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