Política

“O Carlos, para mim, é um herói”, diz Eduardo Bolsonaro sobre o irmão

O deputado federal participou do programa do Ratinho e disse que ‘talvez tenha sido um pouco infeliz’ ao citar o AI-5

Eduardo Bolsonaro participa do quadro "2 Dedos de Prosa" no programa do Ratinho (Foto: Reprodução)
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O deputado federal e filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) declarou que o irmão Carlos é o responsável por “trazer o pai mais perto da sociedade” e que por isso é considerado um herói.

A declaração foi dada ao apresentador Ratinho no quadro 2 Dedos de Prosa, que recebeu Eduardo na sexta-feira 1. “O Carlos pra mim é um herói”, disse o deputado ao apresentador, quando perguntado se a atuação dos filhos de Bolsonaro nas redes sociais – “principalmente o Carlos”, pontuou o apresentador -, já gerou algum problema para o governo.

A realidade, porém, é que Carlos já expôs o governo, como quando fez uma publicação na rede social do pai para defender a prisão após 2ª instância e logo em seguida apagou a publicação e pediu desculpas em sua conta pessoal.

Carlos também é acusado de chefiar esquema de fake news. Quem acusa é o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), segundo o qual o vereador do Rio de Janeiro seria o comandante das milícias digitais responsáveis por espalhar informações falsas na internet. A declaração ocorreu durante depoimento, quarta-feira 30, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga operações de disseminação de fake news nas redes sociais.

Imprensa, novo partido e AI-5

Eduardo aproveitou o espaço no programa do SBT para atacar a imprensa. Sem citar nomes de veículos, relembrou reportagens que, segundo ele, abordaram de forma negativa os ministros Sérgio Moro, da Justiça, e Abraham Weintraub, da Educação.

O deputado falou também que a possibilidade de criar um novo partido está aberta e que a permanência no PSL só seria possível com o apaziguamento da crise interna. “A gente pode continuar no PSL se conseguir apaziguar as coisas. Se não, pode ir pra outro partido ou talvez criar um partido novo, que viria com fortes bases liberais conservadoras, liberais na economia e conservadoras nos costumes”, disse.

A polêmica em torno da declaração sobre o AI-5 em entrevista à jornalista Leda Nagle também foi lembrada. Eduardo disse que “de maneira nenhuma” cogitou retornar o AI-5 e lamentou a “infelicidade” da declaração. “Talvez tenha sido um pouco infeliz em ter citado o AI-5. Estava falando do que ocorre hoje no Chile e que pode vir pro Brasil e nesse cenário o governo não pode simplesmente ficar vendo a coisa acontecer e uma minoria travando o direito de ir e vir das pessoas”, disse.

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