Política

O capítulo bíblico do ‘vacinogate’ é mais que uma história de lobby no governo

Amilton de Paula, o ‘reverendo’, faz negócios travestidos de ajuda humanitária

A primeira-dama deu ouvidos ao negociador de vacinas. (FOTO: Marcos Corrêa/PR)
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Jair Bolsonaro foi ao Supremo Tribunal Federal na segunda-feira 12, chamado pelo comandante da Corte, Luiz Fux. Marco Aurélio Mello pendurava a toga naquele dia, e para a vaga o ex-capitão indicou o “terrivelmente evangélico” André Mendonça, advogado-geral da União. Não era disso, porém, que Fux queria tratar. Diante dos últimos disparates presidenciais sobre fraude eleitoral, o juiz desejava reunir os chefes dos Poderes. Seria dali a dois dias. A reunião acabou cancelada, devido à obstrução intestinal que levou Bolsonaro ao hospital. Na saída do encontro com Fux, o ex-capitão foi perguntado por jornalistas sobre certo evangélico, e não era Mendonça. “Se eu vir a cara dele, pode ser que eu lembre de algum lugar, mas num tô lembrado no momento aqui, num tô lembrado.”

Em 16 de março, o evangélico em questão, reverendo Amilton Gomes de Paula, havia escrito cedo no Whats­App: “Ontem falei com quem manda! Tudo certo! Estão fazendo uma corrida compliance da informação da grande quantidade de vacinas!” A mensagem do fundador da Igreja Batista Ministério Vida Nova dirigia-se ao PM mineiro Luiz Paulo Dominguetti, cujo celular foi apreendido pela CPI da Covid. Uma interlocutora do pastor, a misteriosa Maria Helena, deu a informação igual ao policial: “Ontem o rev esteve com o presidente”. Idem um empresário de Santa Catarina, Renato ­Gabbi, parceiro do religioso na tentativa de vender imunizantes a estados e prefeituras: “Ontem o Amilton falou com Bolsonaro, ele falou que vai comprar tudo”.


Na véspera das três mensagens, o presidente sentara-se das 16 às 18 horas com nove pastores, no Palácio do Planalto. Uma conversa sobre a proibição paulista de abrir templos na pandemia e a devolução dos direitos políticos, na semana anterior, a Lula. Uma pesquisa Datafolha do início de julho mostrou Bolsonaro com 38% de intenção de voto entre os crentes e o petista com 37%. Na lista divulgada pelo Planalto dos presentes à reunião, Gomes não aparecia. Às 17h02 de 15 de março, outro colaborador dele, “Amauri”, dizia a Dominguetti, no WhatsApp: “O reverendo nesse momento está com o 01”.

Gomes havia jogado alto para ir ao “01”. “Michele está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”, escrevera ­Dominguetti em 3 de março a um interlocutor apresentado em sua agenda telefônica como “Rafael Compra Deskartpak”. Provavelmente, a Descarpack, com sede em São Paulo e filial catarinense, investigada pelo Ministério Público Federal por vender máscaras médicas superfaturadas ao governo. “Quem é? Michele Bolsonaro?”, pergunta Rafael. Resposta: “Esposa sim”. E o PM reforça em seguida, através de uma mensagem de áudio: “O reverendo chegou na Presidência da República”.

O senhor Cohen é um tenente-coronel de Israel, também médico, que morou (e talvez ainda more) em Lauro de Freitas

Por ter chegado, protagoniza o capítulo bíblico do “vacinogate”. Ao lado de ­Dominguetti, figurou em uma tentativa mirabolante de vender 400 milhões de doses ao governo. Foi nessa negociação que, segundo o PM, houve cobrança de propina por um sujeito ligado ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros. O cobrador, que nega, seria Roberto Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde até 29 de junho. O reverendo foi convocado a depor pela CPI e deveria tê-lo feito na quarta-feira 14. Seus advogados mandaram para lá um atestado médico, a apontar problemas renais do cliente e a necessidade de 15 dias de cuidados. O presidente da comissão, Omar Aziz, requereu uma perícia e confirmou a alegação. Os advogados pediram ainda um habeas corpus ao Supremo, para Gomes poder ficar quieto e não ser preso na CPI. Fux permitiu o silêncio em hipótese de autoincriminação, mas sem impedir a prisão.

O depoimento ficou para agosto e no Senado há quem ache bom. Até lá, a comissão deverá quebrar os sigilos bancário, fiscal e comunicacional do reverendo e ouvir outras testemunhas, a fim de juntar dados e aí tentar elucidar a ligação do pastor com Jair e Michele. Na quinta-feira 15, dia da conclusão desta reportagem, depôs à comissão um empresário, Cristiano Alberto Hossri Carvalho, parceiro do reverendo na representação da empresa texana Davati, a ofertadora de 400 milhões de vacinas. Carvalho é dono de uma firma aberta em 2017, a 2C Overseas Comércio e Representação, cujo nome de fantasia tem ar religioso, Graça Divina, inapta, segundo a Receita Federal, por “omissão de documentos”. Dois anos antes de montar o negócio, Carvalho fora demitido por justa causa de uma empresa, a BTS Butler, por pedir reembolso duplicado, informou a Folha.

Roberto (ou Zigmund) Cohen, figura de várias faces, fundou a Amir, já dirigida pelo policial militar Flavio Borotti. O presidente de honra é Donald Trump. (Foto: Shealah Craighead/The White House e Redes sociais)

Em 13 de março, em meio a tratativas do reverendo para falar com o “01”, Carvalho escrevera a Dominguetti: “Verifica pra mim se o presidente vai atender hoje ou amanhã ou até na terça, porque aí eu preciso mudar o voo e preciso reservar o hotel, tá bom?” O PM, via áudio: “Para falar com ele em agenda, eles conseguem marcar segunda, terça, quarta, que aí entra na agenda oficial. O que eles estão tentando é que o presidente te receba de forma extraoficial, entendeu?” E o empresário, via áudio: “O reverendo está falando que está marcando um café da manhã com o presidente amanhã, às 10h, 9h, sei lá, que vai ter um café com os líderes religiosos e a gente vai entrar no vácuo, tá? Agora tem que fazê-lo confirmar isso aí para a gente colocar uma pulguinha atrás da orelha do presidente, tá?”

Pulga é pouco diante da trajetória e das conexões do reverendo Gomes. Uma pulga gigantesca. E não se trata apenas das suspeitas quanto a tráfico de influência dentro do Planalto. O pastor parece peça de um submundo, de um porão que (acredite, leitor) usa a fachada bíblica e humanitária para atingir objetivos políticos conservadores e prestar serviços à inteligência de Israel e dos Estados Unidos. Uma fachada que o bilionário bolsonarista Carlos Wizard, outro na mira da CPI, parece ter usado também.

Gomes foi do Ministério do Exército nos anos 1990. Em 17 de julho de 2002, registrou na Receita Federal a Secretaria Nacional de Assuntos Religiosos, entidade nada governamental, apesar do nome e da sede em Brasília. Informava que sua atividade principal era “ensino médio”. Naquele dia nascia com um CNPJ igual uma faculdade de filosofia em Uberlândia, aberta por José Marcelino da Silva, sujeito que pesquisas na web mostram ter alguma relação com a Escola Superior de Guerra. O reverendo fez e ministra cursos de psicologia e psicanálise. Em um site de divulgação profissional, o ­Contact Out, diz sobre si: “A maior conquista foi minha adesão ao programa da Polícia Federal também como Psicólogo”. Em 23 de setembro de 2020, seu nome e CPF apareciam em uma lista de “Agentes de Segurança Ferroviária” publicada no Diário Oficial da União pelo Sindicato dos Policiais Ferroviários Federais de Goiás.

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No início da pandemia, a entidade de Gomes foi rebatizada de Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários. Essa Senah tem um nome de fantasia, Embaixada Humanitária Mundial pela Paz, cuja sede em Brasília foi inaugurada em outubro de 2019 com a presença do então embaixador de Israel aqui, Yossi Shelley. Um mês antes da inauguração, nascera a Frente Parlamentar Mista Humanitária em Defesa da Paz Mundial, articulada por Gomes com deputados. O objetivo da Frente, informa seu estatuto, é intensificar o contato “político, econômico, comercial, cultural e técnico-científico”, oferecer ajuda humanitária a áreas em guerra e com refugiados e, através da secretaria, “fomentar e financiar cursos de proteção à liberdade religiosa e a refugiados”, com intercâmbio nacional e internacional.

Foi com a credencial de líder da Senah que o reverendo entrou na negociação de vacinas com o governo. Em 23 de fevereiro passado, o então diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, enviou-lhe um e-mail, revelado pelo ­Jornal Nacional, no qual agradecia à Secretaria pela proposta de 400 milhões de doses e dizia que o assunto era com o então secretário-executivo da pasta, o coronel da reserva Élcio Franco. Cruz é desde 2017 filiado ao PL, partido chegado aos evangélicos, e, com Gomes, discutiu vacinas no ministério em 4 de março. O diretor foi demitido em 8 de julho, por razões pouco claras, exceto por seus contatos com o reverendo e a Davati, que prometia conseguir imunizantes da AstraZeneca. Em 9 de março, Cruz tinha escrito diretamente ao chefe da Davati no Texas, Herman ­Cárdenas, que a CPI quer convocar.

No dia seguinte, Gomes também mandou um e-mail a Cárdenas. Requisitava o “SGS” das doses, documento que atesta a conformidade de produtos, e a FCO, sigla em inglês que significa oferta completa de venda. Os papéis (e, portanto, as vacinas) existiam? A AstraZeneca esclarece só vender a governos. A expectativa, dizia o reverendo, era fechar o negócio com o Brasil em 12 de março. Nesse dia, reuniu-se com Élcio Franco, mas este escondeu o encontro. Fez constar na agenda que receberia Helcio Bruno de Almeida, presidente do Instituto Força Brasil. Almeida é coronel, colega de turma de Franco nas forças especiais. Seu instituto surgiu em 6 de outubro de 2020, para, entre outras tarefas, “oferecer subsídios para o fortalecimento dos movimentos ativistas conservadores” e ser um “celeiro de inteligência”. O vice-presidente é o empresário bolsonarista Otávio Fakhoury. O reverendo participou da reunião com os coronéis, três dias antes do papo com o “01”.

Um coronel da Aeronáutica foi a ponte de Cárdenas, da Davati, com o Instituto Força Brasil. Trata-se de Glaucio Octaviano Guerra, citado por Dominguetti na CPI. Guerra, conforme a Agência Pública, abriu uma empresa nos Estados Unidos em novembro de 2020, a Guerra International Consultants. Sua família prima pela presença de militares bolsonaristas. O irmão mais velho, Cláudio, é um policial federal acusado de integrar milícias do Rio. À CPI Carvalho contou ter conhecido Guerra em 2020 e que o militar tinha sido da embaixada brasileira em ­Washington. “Ele que me apresentou o Cárdenas”, afirmou. Contou mais: que o reverendo Gomes informou a Cárdenas que negociava a venda de vacinas ao Paraguai e à Arábia Saudita. Ao que consta, o pastor queria em troca, inclusive no caso brasileiro, doações no exterior.

No e-mail enviado a Cárdenas em 10 de março, o reverendo dizia que o preço em negociação com o governo era de 17,5 dólares por vacina. Um contrato potencial de 7 bilhões de dólares, 35 bilhões de reais, quase o dobro dos 20 bilhões de reais reservados pelo governo para comprar vacinas. Compare-se: o Ministério da Saúde fez dois contratos com a Pfizer, ambos de 100 milhões de doses. No primeiro, de março, o preço era de 10 dólares por unidade. No segundo, de maio, de 12 dólares.

Após passar meses a ignorar ofertas da Pfizer, que não tinha atravessadores como o reverendo, Bolsonaro fez uma videoconferência com o chefe mundial do laboratório, Albert Bourla, em 8 de março. Nesse dia, o pastor Gomes mandou uma carta a Cárdenas, da Davati, obtida pela CPI no celular de Dominguetti. O documento tinha um logotipo no alto à direita de uma entidade chamada American Diplomatic Mission of International Relations – Intergovernmental Organization, a Admir. Em tradução literal, é a Missão Diplomática Americana de Relações Internacionais – Organização Intergovernamental. E aqui nossa história começa a juntar bíblia, política, causas humanitárias, militares, PMs, órgãos de inteligência, Brasil, EUA, Israel.

A Admir diz defender causas humanitárias, democracia e segurança. Foi criada em 2013 por um sujeito que ora se apresenta como Roberto Cohen, ora como ­Zigmund Ziegler Cohen. É um tenente-coronel de Israel, médico também, que morou, talvez ainda more, em Lauro de Freitas, na Bahia. Um poliglota (fala português) com estudos de psicologia e psicanálise iguais aos de Amilton Gomes. Quando do registro da Admir na Flórida, apurou CartaCapital, os endereços comercial e para cartas informados eram em Jerusalém. No ano seguinte, Cohen registrou na Flórida a Missão Diplomática Americana de Relações Internacionais, em português. Os endereços também eram em Jerusalém. Em janeiro de 2016, a Admir original informava no Facebook: para usar o logotipo da organização, só com autorização. O primeiro post dessa página é de novembro de 2015. No mês seguinte, críticas pesadas ao então governo Dilma Rousseff, em razão das posições brasileiras a favor dos árabes.

Em fevereiro de 2016, Cohen, na qualidade de presidente, alterou o registro da Admir original (a de nome em inglês) para acrescentar “organização intergovernamental”. No mês seguinte, modificou os registros da Admir Brasil, para incluir como endereço dele, Cohen, uma avenida em Goiânia. É a cidade, recorde-se, do sindicato que apontou o reverendo Gomes como “agente de segurança ferroviária”. Uma postagem de maio de 2017 da Admir no Facebook indicava outro endereço de Goiânia como sede da Admir Brasil: o prédio do Sindicato dos Policiais Federais de Goiás.

Em 2018, Donald Trump, então na Casa Branca, tornou-se presidente de honra da Admir. Em 2019, um brasileiro é nomeado vice-presidente, Flavio ­Borotti. Trata-se de um PM paulista, médico, com cursos na Swat americana e de paramédico no Texas, o estado da firma ­Davati. Borotti entrara na organização em fevereiro de 2016, época de avanço do impeachment de Dilma. Outra recordação: em maio de 2016, Bolsonaro estava em Israel, para ser batizado no Rio Jordão, no dia que o Senado afastou a petista provisoriamente. No último dia 5 de julho, Cohen mudou novamente os registros da Admir original (nome em inglês). O endereço comercial passou a ser no Texas e o de cartas, em Lauro de Freitas.

A Amir possui uma divisão de inteligência integrada pelo ex-diretor do Mossad, Yossi Cohen (ao lado de Netanyahu) e por dois brasileiros: Alexandre dos Santos, instrutor do Bope, e Gilmar de Souza, da PM de Goiás. (FOTO: Redes sociais e Kobi Gideon/GPO-Israel)

A Admir tem uma divisão de inteligência, o International ­Center for Criminal Intelligence (Centro Internacional para Inteligência Criminal), que se propõe a combater terrorismo, corrupção e tráfico de pessoas, drogas e armas. Sua página na web diz que o centro abastece o Mossad, o serviço secreto israelense. O centro foi registrado na Flórida em fevereiro de 2015 por Cohen, seu presidente. Outros três dirigentes registrados eram brasileiros. Entre os atuais representantes oficiais do centro está o chefe do Mossad de 2016 a 2021, Yossi Cohen. E estão dois brasileiros. Alexandre Aparecido dos Santos, instrutor do Bope, o batalhão especial da PM no Rio, denunciado e preso por organização criminosa no Paraná no passado. E Gilmar Matias de Souza, ex-oficial de inteligência da PM de Goiás e ex-membro do SNI, o serviço secreto da ditadura brasileira.

Roberto Cohen é também coordenador de uma “Missão Brasileira das Forças Internacionais de Paz da ONU”. As missões lideradas pelo Brasil no Haiti e na República Democrática do Congo, nos governos petistas, aproximaram militares daqui do Exército e serviços de inteligência de outros países (hoje há ainda 80 militares brasileiros nesse tipo de missão). São contatos que reforçaram laços político-ideológicos.

Em fevereiro de 2018, o Exército brasileiro promoveu a Operação Acolhida, em Roraima, para refugiados venezuelanos. Era no governo Temer, que resistia à intenção de Trump de derrubar Nicolás Maduro. O chefe da operação era o general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde de Bolsonaro até março deste ano. Em dezembro de 2018, Temer decretou intervenção em Roraima. Pazuello comandou as finanças estaduais. O coronel Élcio Franco, vice de Pazuello na Saúde, foi da Casa Civil e da secretaria de Saúde de Roraima. Em fevereiro de 2019, EUA, Brasil e Colômbia levaram adiante uma ajuda humanitária que era fachada para criar distúrbios que conduzissem à queda de Maduro. Roraima era a base brasileira da trama.

Em agosto de 2018, seis meses após o início da Acolhida, Carlos Wizard mudou-se para Roraima. Na CPI da Covid, o empresário silenciou na maior parte do tempo, graças a um habeas corpus do Supremo, mas uma das coisas que falou foi sobre sua ida a Roraima. Uma ida “missionária”, em apoio a venezuelanos. Lá estreitou vínculos com Pazuello e Franco. O general, quando se tornou ministro da Saúde, queria Wizard no time. O bilionário preferiu agir através de um “gabinete paralelo” que promovia cloroquina e sabotava vacinas. Quando Bolsonaro rendeu-se às injeções e separou 20 bilhões para comprá-las, Wizard articulou o aval legislativo para o setor privado comprar doses. Segundo a CPI, meteu-se com um atravessador de vacinas, a Belcher, empresa de amigos do deputado Ricardo Barros, líder bolsonarista. Atravessador como era a Precisa, no caso Covaxin, e o reverendo Gomes. Personagens que abriam portas no governo por pertencerem ao submundo das bíblias e dos fuzis.

É tanto rolo, que a prorrogação da CPI da Covid por mais 90 dias, até outubro, é pouco para esclarecer tudo.

Publicado na edição nº 1166 de CartaCapital, em 15 de julho de 2021.

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