Há 16 anos à frente do governo de Pernambuco, o PSB corre o risco de perder a hegemonia no estado, caso o candidato a governador pelo partido, Danilo Cabral, siga estagnado na preferência do eleitorado, segundos as pesquisas, oscilando entre a quarta e a quinta colocação. Para reverter esse quadro, o pessebista aposta todas as fichas em seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Lula, que lidera as intenções de voto no estado. A dificuldade é convencer o eleitor pernambucano de que ele é o candidato preferencial do ex-presidente, e não a ex-petista Marília Arraes, hoje no Solidariedade, que vem explorando à exaustão a imagem de Lula na sua campanha.
Na quarta-feira 20, depois de visitar uma réplica da casa onde morou na infância no município de Caetés, o ex-presidente participou de um ato em Garanhuns ao lado de Cabral e foi incisivo ao defender o nome do pessebista. “O PT tem um compromisso com o PSB e eu sou do tempo que não precisava de documento para ser cumprido. Era no bigode. O PT vai seguir o compromisso que tem com o PSB e o PSB com o PT. Nós não precisamos professar da mesma religião nem torcer pelo mesmo time. Precisamos é gostar de gente. Por isso, meu candidato chama-se Danilo Cabral”, discursou o presidenciável. Todas as pesquisas apontam Lula como franco favorito em Pernambuco, com mais de 60% de intenções de votos, uma popularidade disputada tanto por Cabral quanto por Marília.
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