Política

Número 2 da Abin alega motivos pessoais e pede demissão

Marco Cepik é professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e afirmou que pretende dar continuidade a projetos acadêmicos

Número 2 da Abin alega motivos pessoais e pede demissão
Número 2 da Abin alega motivos pessoais e pede demissão
Marco Aurélio Chaves Cepik comandava a Escola de Inteligência da Abin. Foto: Abin/Reprodução
Apoie Siga-nos no

Diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência, o cientista político Marco Cepik alegou motivos pessoais e pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira 10, afirmou o órgão em nota. Quem assumirá seu lugar é o atual secretário de Planejamento e Gestão da Abin, Rodrigo de Aquino. A transição ocorrerá durante todo o mês de março.

Cepik, que é professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, pretende dar continuidade a projetos acadêmicos, ainda de acordo com o comunicado. Ele atuou por dois anos como diretor da escola de inteligência da Abin antes de virar o número 2 da agência no lugar de Alessandro Moretti.

Seu antecessor foi demitido em janeiro de 2024 pelo presidente Lula (PT) após menção ao seu nome em investigações da Polícia Federal a respeito do uso da Abin para espionagem de adversários políticos no governo de Jair Bolsonaro.

Cepik também já foi professor visitante nas Universidades de Oxford, da Inglaterra, de Denver, nos Estados Unidos, e de Remmin, na China. Atua como docente, consultor, pesquisador e dirigente há mais de 25 anos.

Aquino, que assumirá o lugar do agora ex-diretor-adjunto, ocupava a função de secretário de Planejamento e Gestão da Abin desde novembro de 2023. Anteriormente, ele desempenhou funções técnicas e de direção e assessoramento em unidades da agência, como da de diretor dos Departamentos de Contraterrorismo e Ilícitos Transnacionais e de Inteligência Estratégica.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo