Política
Novo diz que ‘não há decisão formada’ sobre impeachment de Bolsonaro
Partido se posicionou após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmar que legenda tinha se decidido pelo afastamento do presidente
Após o governador do Estado de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se posicionar contra o processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro ao dizer ser “contrário à posição do partido”, o Novo foi às redes sociais esclarecer o “mal-entendido” gerado pelo dirigente e disse que “não há decisão formada sobre o impeachment”.
Durante entrevista à Rádio 98FM na quarta-feira, 27, Zema afirmou que, apesar de não concordar com tudo o que o presidente faz – citando a condução de Bolsonaro diante dos problemas gerados pela pandemia e a questão da vacinação no Brasil -, ele não era a favor da abertura de um processo de impeachment. “Eu vi a posição do partido, e sou contrário à ela”, afirmou Zema.
Após a entrevista, o ex-presidente da sigla João Amoedo, que já se colocou de forma favorável à abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro, comentou a fala de Zema, e comemorou o que achou ser a posição oficial do partido. “Com base nessa afirmação do Zema, parabenizo o Novo pela decisão tomada a favor do impeachment. O partido não pode compactuar com crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente”, publicou.
Com a repercussão, o partido Novo foi ao Twitter esclarecer o “mal-entendido” e disse que, “caso decida pelo impeachment, o Novo notificará da forma adequada seus filiados pelos seus canais oficiais”. A bancada do partido na Câmara conta com oito deputados, e parece que ainda não tem uma posição fechada com relação ao tema. O deputado Vinicius Poit (SP), por exemplo, defendeu em publicação que “não basta só a vontade política de seguir com o processo de impeachment do Presidente. É preciso ter justificativa jurídica concreta”, disse.
Caso decida pelo impeachment, o NOVO notificará da forma adequada seus filiados pelos seus canais oficiais.
— NOVO 30 (@partidonovo30) January 29, 2021
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.



