O ex-assessor e ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genú foi preso preventivamente nesta segunda-feira 23 pela 29ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Repescagem”. Genú chegou a ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do “mensalão” do PT. A pena do primeiro crime prescreveu e, em 2014, após um recurso, ele foi absolvido do segundo crime.
De acordo com a Polícia Federal, novas provas apontam a participação de Genú no esquema de desvio de recursos da Petrobras. Segundo as investigações, o ex-assessor continuou a receber repasses mensais de propina, e nas contas de parentes de Genú foram identificados mais de R$ 7 milhões que não têm justificativa de origem lícita.
“O acusado teria continuado a receber repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e, após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013”, diz nota da PF.
Genú foi assessor do ex-deputado federal José Janene, que morreu em 2010 – antes de ser julgado por participação no “mensalão”. Janene foi apontado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, delatores da Lava Jato, como um dos articuladores do esquema de corrupção na estatal.
Ao todo, a 29ª fase da operação cumpre seis mandados de busca e apreensão, um pedido de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife. De acordo com a PF, o empresário Humberto do Amaral Carrilho está fora do País e é considerado foragido.