O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), exaltou a operação deflagrada nesta quarta-feira 8 pela Polícia Federal para interromper “atos preparatórios de terrorismo”. Segundo a corporação, as diligências servem para “obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no País”.
“Hoje mesmo a Polícia Federal está realizando uma investigação em torno da hipótese de uma rede terrorista buscando se instalar no Brasil. A Polícia Federal está investigando e mostrando que, neste caso, nós só temos um lado: é o lado da lei, dos compromissos internacionais que o Brasil assumiu”, disse Dino durante um evento no Rio de Janeiro.
O que se sabe até aqui
Agentes da PF cumpriram dois mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. As duas prisões foram realizadas em São Paulo, uma delas no Aeroporto de Guarulhos.
Segundo a corporação, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os investigadores ainda não confirmaram os nomes dos presos, mas indicaram que o grupo investigado planejava promover atentados contra sedes de comunidades judaicas no Brasil. As pessoas envolvidas teriam ligação com o grupo libanês Hezbollah.
De acordo com a GloboNews, a Interpol foi acionada para o cumprimento da ordem de prisão contra mais dois brasileiros que estão no Líbano e são suspeitos de envolvimento com o planejamento de atos de terrorismo no Brasil. Os dois teriam dupla nacionalidade.
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