Política
No Sul, a esquerda se une nas eleições estaduais – mas pesquisas são frustrantes
Em 2018, Bolsonaro ganhou de lavada na região. Lula retomou parte do terreno, mas as lideranças locais sofrem para decolar
Em 2018, Jair Bolsonaro ganhou de lavada na Região Sul. No somatório dos três estados, Bolsonaro conquistou 68,3% dos votos válidos, contra 31,7% do petista Fernando Haddad. Agora, a seis meses das eleições, os partidos do campo progressista buscam aglutinar forças numa frente ampla para não apenas reverter o quadro na corrida presidencial, mas também para avançar nos Executivos e Legislativos estaduais.
Não será tarefa fácil. No Paraná, Roberto Requião, três vezes governador do estado, duas vezes senador e recém-filiado ao PT, vai enfrentar Ratinho Jr., do PSD, candidato à reeleição apoiado por Bolsonaro. Após 40 anos de militância no MDB, Requião deixou a legenda que ajudou a fundar exatamente pela guinada reacionária e golpista da cúpula emedebista. “Costumo dizer que foi o MDB que saiu de mim, e não o contrário”, desabafou, em recente entrevista ao programa Direto da Redação, no canal de CartaCapital no YouTube. O antigo partido aderiu ao governo de Ratinho Jr. e deverá apoiá-lo nesta eleição em troca de cargos. “Escolhi o PT porque temos uma polarização no Brasil. De um lado, a direita e o liberalismo econômico. De outro, Lula.”
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