O ministro Abraham Weintraub, da Educação, cometeu um ato falho inusitado ao explicar aos Senado as prioridades da pasta sob seu comando. Ele participou, nesta terça, de uma sessão com os senadores membros da Comissão de Educação.
Weintraub falava sobre as sanções administrativas que sofrera na Unifesp, onde dava aulas de Economia, quando fez a confusão. “Eu sofri na pele um processo inquisitorial. E fui inocentado. Durante oito meses eu fui investigado, processado e julgado num processo inquisitorial e sigiloso. Que eu saiba, só a Gestapo fazia isso. Ou no livro do cafta ou na Gestapo”, disse, criticando a falta de acesso ao caso.
Na verdade, o ministro quis se referir ao livro O Processo, obra famosa do escritor tcheco Franz Kafka. E não ao churrasquinho árabe.
Confira:
Durante o encontro, o ministro associou o corte de 30% no orçamento das universidades e institutos federais à aprovação da Reforma da Previdência. Aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no mês passado, a proposta deve seguir para análise de uma Comissão Especial e depois para o plenário.
Ele negou que haja corte para as instituições. “Não houve corte, há um contingenciamento. Se a economia tiver um crescimento econômico com aprovação da nova previdência, retomarmos a dinâmica de arrecadação, se descontingencia. Precisamos cumprir a lei de responsabilidade fiscal”, afirmou.
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