Política
‘No meu palanque, não’: Nunes descarta campanha com Marçal no segundo turno
Um dia depois da eleição, o prefeito também antecipou o que pretende dizer ao ex-coach


Candidato à reeleição em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) rechaçou a possibilidade de fazer campanha com Pablo Marçal (PRTB), terceiro colocado no domingo 6, no segundo turno contra o Guilherme Boulos (PSOL). “No meu palanque, não”, assegurou.
“Se eu for procurado, vou dizer a ele que espero que tenha aprendido com os erros e que possa fazer uma reflexão sobre tudo o que cometeu de errado”, afirmou em uma agenda eleitoral no Edifício Joelma, no centro da capital paulista.
Mais cedo, Nunes se reuniu com integrantes da campanha e com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). No encontro, eles discutiram estratégias para vencer a disputa contra Boulos, o que inclui reforçar a aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não quero conversar. Eu preciso dos eleitores de Pablo Marçal, que entendam que nós temos uma batalha contra a extrema-esquerda. É um eleitorado de direita. Meu campo representa a centro-direita”, acrescentou o emedebista.
A resistência do prefeito quanto a ter Marçal em seu palanque é resultado da série de ataques desferidos pelo empresário. Ao longo dos debates do primeiro turno, Nunes foi apelidado de “bananinha” e teve de lidar com os questionamentos do oponente a respeito de um antigo boletim de ocorrência registrado por sua esposa, Regina Carnovale, por violência doméstica.
Durante uma coletiva de imprensa na noite de domingo, o candidato do PRTB condicionou seu apoio ao prefeito à incorporação de algumas propostas, a exemplo de construir escolas olímpicas e instituir o ensino de educação financeira na rede municipal.
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