Educação
No Dia dos Professores, Lula assina criação da Carteira Nacional Docente e critica o Congresso
A cerimônia também foi marcada por críticas à família Bolsonaro


O presidente Lula (PT) comandou uma cerimônia em comemoração ao Dia dos Professores, nesta quarta-feira 15, no Rio de Janeiro. O evento foi marcado pela assinatura do decreto que cria a Carteira Nacional Docente e por críticas do petista ao Legislativo.
Professores de instituições públicas e privadas poderão solicitar a emissão do documento a partir da quinta-feira 16, por meio do portal do governo.
A carteira será válida em todo o Brasil e trará benefícios aos professores, como descontos em eventos culturais, diárias mais baratas em hotéis, cartões de crédito exclusivos e outras parcerias promovidas pelo Ministério da Educação.
Em seu discurso, o presidente enalteceu as medidas de seu governo na educação, como a criação do Sistema Nacional de Educação e o encaminhamento do novo Plano Nacional de Educação, em tramitação na Câmara dos Deputados.
Segundo Lula, “este ano foi o da colheita e o ano que vem será o da verdade”.
“A gente não vai permitir a volta de mentirosos neste País. Chega de cidadão ir para os Estados Unidos tentar inflar americanos contra nós”, disse o presidente, em referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“Eu quero saber o grau de consciência que temos para mudar este País ou não. A educação é um caminho, mas não é só a educação que politiza, porque está cheio de gente muito atrasada ideologicamente nas escolas e nas universidades.”
Ao afirmar que os eleitores devem pesquisar antes de votar, Lula criticou a atual composição do Congresso Nacional. No evento desta quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi vaiado por parte dos presentes e ouviu gritos de “sem anistia”.
“O Hugo é presidente, ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior”, disparou o petista. “Só vocês podem consertar este País, e eu quero que vocês saibam que eu estou nessa, vou lutar até o fim da minha vida.”
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