No dia das 400 mil mortes, Bolsonaro diz que o coronavírus ‘não vai embora’

O presidente priorizou outros temas em live; ao comentar a Covid, criticou governadores e reclamou de gastos com auxílio emergencial

O presidente Jair Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Foto: Reprodução/Facebook

Apoie Siga-nos no

Em transmissão ao vivo nesta quinta-feira 29, o presidente Jair Bolsonaro evitou comentar a marca de 400 mil mortes por Covid-19, que acaba de ser atingida pelo Brasil.

 

 

 

O chefe do Palácio do Planalto optou por priorizar temas como a demarcação de terras indígenas, a atuação de organizações não-governamentais na Amazônia e o voto impresso nas eleições de 2022.

Nos momentos em que falou sobre a Covid-19, Bolsonaro criticou o isolamento social e o uso de verbas da saúde para o pagamento de servidores públicos. O presidente também reclamou dos gastos de 320 bilhões de reais com o auxílio emergencial.


“O governo federal não fechou o comércio, não falou que todo mundo tinha que ficar em casa”, disse Bolsonaro. “Lamentamos as mortes. Chegou um número enorme de mortes agora aqui. E uma coisa importante. Faltou aqui, a assessoria botou na minha frente, né? Porque como eu não sou jornalista, tenho que ver papéis na minha frente aqui. Lá de trás, eu falava: temos que enfrentar o vírus, porque infelizmente vai ficar para sempre. Bem, o que a OMS disse essa semana? Que temos que conviver com o vírus. Que vai levar anos, talvez, para o vírus ir embora. Ele não vai embora, infelizmente. Mas vamos ter que conviver com o vírus.”

Bolsonaro disse que “pede a Deus para que não haja uma terceira onda”, criticou o lockdown adotado na cidade de Araraquara, em São Paulo, pelo prefeito Edinho Silva (PT), e se referiu a João Doria (PSDB) como “ditadorzinho”.

“Ninguém tem dúvida que acabaram com rendas. Algum sindicalista defendeu esses que perderam emprego e perderam a renda? Algum petista governador, petista prefeito, ficou preocupado com o empobrecimento da população? Não. Porque uma população na miséria é uma população que vai começar a depender mais do Estado e a tendência é dar um voto para quem dá uma muleta para ele.”

 

O empobrecimento da população leva a uma política futura levada para o socialismo, para o comunismo. Isso não pode acontecer em nosso Brasil.

 

 

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.