No Ceará, Lula lança programa para aumentar matrículas em tempo integral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta sexta-feira 12, em Fortaleza, no Ceará, o programa Escola em Tempo Integral. A intenção é aumentar em mais de um milhão o número de estudantes matriculados neste modelo de ensino, além de implementar a educação integral em 50% das escolas públicas do País.

Para instalação do programa, segundo o governo federal, foram destinados 4 bilhões de reais, que serão repassados para que estados e municípios aumentem o número de vagas integrais. A iniciativa é permitir que os estudantes permaneçam 7 horas ou mais nas instituições.

“É muito importante quando uma mãe ou um pai deixa uma criança numa escola de tempo integral e sabe que seu filho ou filha está bem cuidado. E vamos precisar de governadores, prefeitos, deputados, a sociedade atuando juntos, porque essa política não será feita sozinha”, disse Lula em meio ao anúncio.

O valor anunciado pelo governo federal deverá ser destinado para a formação de educadores, orientações curriculares, incentivo a projetos inovadores e criação de indicadores de avaliação de desempenho. O Ceará foi o estado escolhido para o lançamento do programa por ter 70% da rede pública ofertando o ensino médio em tempo integral. Antes do evento, Lula visitou uma escola referência no modelo.

Segundo o governador do estado, Elmano de Freitas (PT), o objetivo é de que até o fim de seu mandato, 100% das escolas públicas de ensino básico já tenham aderido ao ensino integral.

Ainda no evento, Lula também tratou, de forma breve, dos recentes episódios de violência nas escolas. Na declaração, reforçou a liberação de recursos via Ministério da Educação para o combate aos crimes:

“O Camilo Santana propôs 3 bilhões de reais para a gente combater a violência estimulada pela questão da utilização da internet. Alguns bandidos que utilizam a internet para fazer mal, para falar bobagem. E nós vamos combater a violência nas escolas e vamos precisar de todos os prefeitos e governadores”, destacou. “Essa política não se faz sozinha”.