“Ninguém está pensando em relaxar o isolamento”, diz Nelson Teich

Discurso se opõe aos planos do presidente Jair Bolsonaro em dar fim ao isolamento no país

O ministro da Saúde, Nelson Teich. Foto: José Dias/PR

Apoie Siga-nos no

O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta quinta-feira 30 que não cogita recomendar o relaxamento do isolamento nos estados e municípios. Na próxima semana, ele prevê a apresentação de novas diretrizes para orientar os governadores e prefeitos sobre medidas de combate ao novo coronavírus.

“Ninguém está pensando em relaxar o isolamento, a gente está criando uma diretriz”, disse. Segundo ele, em algum momento a flexibilização será necessária, mas esta abordagem não será feita de forma superficial.

Segundo Teich, os governadores e prefeitos terão autonomia para decidir sobre o relaxamento do isolamento social, com base na situação de suas regiões.

O secretário Denizar Vianna também reforçou que o isolamento social é a melhor forma de prevenção ao coronavírus, já que ainda não existe uma vacina contra a doença.

No dia anterior, em audiência pública no Senado Federal, Teich já havia reiterado que o Ministério da Saúde “nunca mudou a orientação oficial de distanciamento social”.


A posição de Teich se opõe frontalmente à bandeira levantada pelo presidente Jair Bolsonaro, em favor do fim do isolamento social. Em repetidas vezes, o Palácio do Planalto pediu a reabertura do comércio e a volta à normalidade.

Na terça-feira 28, Bolsonaro afirmou que lamenta as mortes por covid-19 no Brasil, mas não pode fazer nada. De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, o país contabiliza 5.901 óbitos e mais de 85 mil infecções.

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.