O ministro da Saúde, Nelson Teich, reiterou que o Ministério da Saúde mantém a orientação oficial de distanciamento social como combate ao coronavírus. Em audiência pública no Senado Federal, nesta terça-feira 29, ele fez questão de assegurar que não houve mudança na orientação, após o presidente Jair Bolsonaro trocar o comando da pasta.
Teich foi criticado pelos senadores por falta de ações concretas do Ministério da Saúde. Um dia após Bolsonaro dizer “E daí?” sobre o recorde de mortos pela covid-19, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) acusou Teich de não oferecer uma orientação clara, frente à queda no índice de isolamento social nos estados.
“O Ministério da Saúde nunca mudou a orientação oficial de manter o distanciamento” disse o oncologista, que substituiu Luiz Henrique Mandetta há quase duas semanas. “Se eu não conseguir ser uma pessoa com maior capacidade de entender informação rápida, eu acabo tendo que repetir o que foi feito lá trás. E é o que está sendo feito.”
Teich considerou, porém, que é preciso criar diretrizes para que o isolamento seja tratado de forma diferente entre os estados, de acordo com o comportamento da doença em cada região.
O ministro argumentou que o isolamento pode causar problemas, por exemplo, à saúde mental das pessoas, já que muitas delas moram em habitações pequenas. Devido às dificuldades, elas mesmas sairão de suas casas. Segundo ele, o Ministério da Saúde ainda vai informar novas recomendações, mas o governadores e prefeitos terão autonomia para decidir o que deve ser feito em suas áreas.
“O que a gente traz aqui é um trabalho conjunto com os estados e municípios. E a decisão é dos estados e municípios”, disse. “O que eu quero deixar claro é: a gente, como Ministério, nunca se posicionou para a saída do distanciamento. Tem que ficar muito claro isso. Nunca.”
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