Política

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro posta foto de ato convocado por neonazistas na Alemanha

Deputado federal escreveu que países usam a ‘pandemia como justificativa’ para praticar políticas de restrição de direitos

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro posta foto de ato convocado por neonazistas na Alemanha
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro posta foto de ato convocado por neonazistas na Alemanha
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (Foto: Lula Marques)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro fez uma publicação em suas redes sociais neste domingo 2 endossando a manifestação ocorrida em Berlim, na Alemanha contra o isolamento social. Convocados por grupos neonazistas, mais de 10 mil pessoas foram às ruas no sábado, sem máscaras, e sem respeitar as regras de distanciamento, protestar contra as restrições que a pandemia do coronavírus impôs.

Em sinal de apoio ao ato, Eduardo postou em suas redes: “Pelo visto não é só no Brasil que a população está insatisfeita com política de restrição de direitos usando a pandemia como justificativa”, escreveu.

A manifestação na capital alemã aconteceu em meio a uma escalada de contaminações por covid-19 no país europeu. O ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier, pediu recentemente sanções mais duras por violações às regras de isolamento social e ações firmes em casos de “má conduta irresponsável”, por parte da população.

O ato teve como slogan “O fim da pandemia – Dia da liberdade”, uma referência ao filme homônimo “Dia da Liberdade”, produto de propaganda da cineasta nazista Leni Riefenstahl sobre o congresso do partido de Hitler, em 1935.

Ainda foi convocado pelo grupo neonazista “Querdenken 711”. O protesto teve diferentes bandeiras, inclusive símbolos proibidos pela Constituição alemã como a “Reichskriegsflagge”, a bandeira do Exército nazista usada durante a Segunda Guerra Mundial, com a famosa cruz do “Reich”, idealizada por Hitler. Um dos cartazes da manifestação trazia outra clara referência antissemita, com a frase: “A máscara é a Estrela de David nazista dos não-vacinados”, lembrando a estrela amarela que os judeus eram obrigados a usar no braço sob o regime de Hitler.

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