Política

‘Não tem nenhum cheque em branco’, diz Alckmin sobre PEC da Transição

Vice-presidente eleito rebateu críticas sobre liberação de verba bilionária para garantir benefícios sociais

‘Não tem nenhum cheque em branco’, diz Alckmin sobre PEC da Transição
‘Não tem nenhum cheque em branco’, diz Alckmin sobre PEC da Transição
O vice-president eleito Geraldo Alckmin. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) rebateu declarações do líder do atual do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), e negou que a proposta de emenda à Constituição apresentada nesta quarta-feira 16 ao Congresso represente um “cheque em branco”.

Alckmin fez os comentários após ter se reunido com senadores e deputados e entregue o texto, que prevê a liberação de uma verba bilionária para garantir o Bolsa Família de 600 reais no ano que vem.

A proposta é de que a emenda disponibilize 175 bilhões de reais para viabilizar o benefício, fora do teto de gastos e sem estimativa do fim de validade. Nas redes sociais, Carlos Portinho tem dito que a PEC vai “condenar o futuro”.

“Não há nenhum cheque em branco”, declarou Alckmin, em coletiva de imprensa. “Agora, não tem sentido colocar na Constituição brasileira o detalhamento. Isso é a Lei Orçamentária. Só que, antes de votar a Lei Orçamentária, você precisa ter a PEC.”

Alckmin acrescentou que a PEC prevê “o princípio”, que no caso seria o “cuidado com a criança” e a “erradicação da pobreza extrema” por meio do Bolsa Família, e a LOA detalharia as verbas destinadas para cada área e demais itens.

“É o Congresso que vai detalhar, dizendo: vou ter aqui tantos milhões para o Farmácia Popular. Então, não tem nenhum cheque em branco”, declarou.

De acordo com o relator do Orçamento no Senado, Marcelo Castro (MDB-PI), o texto pode ser votado entre senadores antes de dezembro. Na sequência, a proposta vai para a análise da Câmara.

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