Política

‘Não tem filé mignon para todo mundo’, reclama Bolsonaro após entrevista de Lula ao JN

O ex-capitão demonstrou incômodo com afirmações do petista sobre a economia e com a repercussão do programa

‘Não tem filé mignon para todo mundo’, reclama Bolsonaro após entrevista de Lula ao JN
‘Não tem filé mignon para todo mundo’, reclama Bolsonaro após entrevista de Lula ao JN
O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, criticou declarações de Lula (PT) durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na quinta-feira 25.

Em evento da Associação Comercial de São Paulo nesta sexta, o ex-capitão demonstrou incômodo com afirmações de Lula sobre a economia e com a repercussão do programa.

“Acreditar nessa conversa mole de ‘você vai ter tudo’, ‘eu vou passar a gasolina para 3 reais’, ‘todo mundo vai comer picanha todo final de semana’? Não tem filé mignon para todo mundo”, declarou o ex-capitão, segundo registro do G1.

No início de agosto, dados estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, indicaram que o consumo de carne bovina deve cair em 2022 ao menor nível dos últimos 26 anos: 24,8 quilos por cada brasileiro. Em 2006, a disponibilidade era de 42,8 quilos de carne bovina por pessoa.

Lula se manifestou sobre a “picanha” durante uma resposta em que exaltava sua parceria com o ex-tucano Geraldo Alckmin, hoje no PSB.

“Eu tenho 100% de confiança de que a experiência dele como governador de São Paulo e, depois, mais seis anos como vice do Mário Covas vai me ajudar a consertar este País. É a única razão pela qual eu quero voltar a ser presidente, a de consertar este País. Este País tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego”, disse o petista. “O povo, eu digo sempre: o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha.”

No JN, Lula defendeu o legado dos governos do PT na economia e afirmou ter como objetivo oferecer credibilidade, previsibilidade e estabilidade ao Brasil. Também elogiou a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), mas sinalizou que sua política econômica será diferente.

“Você vai perceber o que é ‘rei morto, rei posto’. Você vai descobrir. Ou seja, quando você deixa o governo, quem ganha vai governar do jeito que entender. Quem está de fora não vai mandar. Eu vou voltar a governar este País, se o povo assim permitir, para fazer as coisas melhor do que eu fiz.”

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