Política

‘Não se pode aceitar um lockdown no espírito humano’, diz Araújo na ONU

O ministro lamentou que as pessoas estejam ‘se habituando’ a ‘sacrificar a liberdade em nome da saúde’; Damares também participou do evento

‘Não se pode aceitar um lockdown no espírito humano’, diz Araújo na ONU
‘Não se pode aceitar um lockdown no espírito humano’, diz Araújo na ONU
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Aarújo, discursa da ONU. Foto: Reprodução/Youtube.
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Aarújo, afirmou nesta segunda-feira 22 que não se pode aceitar um lockdown em nome da saúde. A declaração do chanceler aconteceu na abertura do Fórum de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), realizado este ano de forma virtual.

“Sociedades inteiras estão se habituando com a ideia que é preciso sacrificar a liberdade em nome da saúde. Não se pode aceitar um lockdown no espírito humano”, afirmou .

Araújo faz parte da chamada ‘ala ideológica’ do governo Bolsonaro, mais radical. Em diversas ocasiões, invocou teorias da conspiração para falar sobre a crise do coronavírus, que ele chama de “vírus chinês”.

“A liberdade hoje é ameaçada e a crise da Covid apenas contribuiu para exacerbar essas tendências”, completou.

Defesa de Trump e aliados de Bolsonaro 

Araújo também falou sobre as plataformas de redes sociais que têm excluído perfis de aliados do presidente Jair Bolsonaro e também dos ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

“Está nas nossas mãos que a tecnologia trabalhe em favor dos direitos humanos e da democracia. Brasil conclama a todos a discutir o tema da liberdade de expressão perante às novas tecnologias”, afirmou.

Para o chanceler, a ação das plataformas se tornou um mecanismo de controle social e de perseguição ideológica, o que ele chamou de “tecnototalitarismo”.

Damares vende imagem do Brasil

A ministra da Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos Damares Alves, também discursou na abertura do Fórum. A ministra afirmou que o governo brasileiro atuou na crise da Covid visando atender aos mais necessitados.

Não detalhou, entretanto, quais seriam essas ações.

Damares afirmou também que o foco do governo é defender não só a Amazônia, mas também seu povo. Ela citou o programa “Abrace Marajó”, lançado por ela em abril do ano passado.

A ministra, no entanto, não detalhou resultados do programa. “Nosso governo defende a democracia, liberdade e a vida a partir da concepção. direitos humanos para todos”, concluiu.

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