Não permitiremos uma repetição do 8 de Janeiro no 7 de Setembro, diz Dino

O ministro da Justiça defendeu 'manifestações pacíficas' e afirmou não haver indicação de ataques

O ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil/Canal Gov

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse nesta segunda-feira 4 que o governo Lula não permitirá a “repetição”, no 7 de Setembro, do quebra-quebra bolsonarista na Praça dos Três Poderes em 8 de Janeiro.

A declaração foi concedida durante a cerimônia de lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, o Pronasci 2, no Espírito Santo.

“Não há, até agora, nenhuma indicação objetiva de que o 7 de Setembro seja marcado por algum tipo de ataque. Infelizmente há daqui, dacolá, cards na internet, e isso demanda um acompanhamento”, afirmou.

De acordo com o ministro, o clima para o feriado é de “tranquilidade” e “concórdia”. Se houver alguma manifestação de cunho golpista, acrescentou Dino, será “algo residual”.

“A gente frisa que a liberdade de expressão protege a manifestação pacífica. Se houver uma pessoa que proteste pacificamente, é claro que ela está no exercício regular do direito”, pontuou. “Mas nós não vamos permitir que haja repetição dos terríveis atos de 8 de Janeiro nessa ação com os estados”.

Na semana passada, Dino enviou um ofício ao governo do Distrito Federal com um alerta sobre a possibilidade de manifestações bolsonaristas durante as comemorações da Independência. Após o comunicado, a gestão de Ibaneis Rocha instalou um grupo de trabalho para planejar o esquema de segurança.


As comemorações da Independência do Brasil têm sido planejadas pelo Palácio do Planalto desde o início da gestão petista, com o objetivo de afastar o processo de politização da data. Os atos acontecerão oito meses após os ataques bolsonaristas e em meio ao cerco judicial sobre a atuação de militares no movimento golpista.

De acordo com o governo, o evento precisa transmitir uma mensagem institucional – por isso, o slogan escolhido é “democracia, soberania e união”.

Nos últimos anos, o 7 de Setembro foi utilizado como palanque para Jair Bolsonaro (PL) atacar ministros do Supremo Tribunal Federal, incitar atos antidemocráticos e colocar em xeque a lisura do sistema eleitoral brasileiro.

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