‘Não me chamem de negacionista’, diz Bolsonaro

No Guarujá, presidente voltou a defender o chamado tratamento precoce, com medicamentos como a cloroquina e a ivermectina

O presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O presidente Jair Bolsonaro, que está passando o feriado de Nossa Senhora Aparecida no Guarujá, litoral paulista, refutou hoje a peça de “negacionista” e voltou a defender o chamado tratamento precoce, com medicamentos como a cloroquina e a ivermectina, que não tem comprovação científica contra a Covid-19.

 

Em conversa com jornalistas, depois de deixar o Hotel de Trânsito para dar uma volta de moto na cidade, ele voltou a criticar a vacina Coronavac e a vacinação de jovens. E disse que sua gestão liberou em dezembro 20 bilhões de reais para a compra de vacinas.

“Não me chamem de negacionista porque, só em dezembro, a medida provisória foi um checão de 20 bilhões para comprar vacina”, destacou.

Aos jornalistas, Bolsonaro questionou a razão de não se divulgar o número de mortes de pessoas já vacinadas.


“Não divulgam. Muita gente que tomou a segunda dose está morrendo. Por que muitos governadores e prefeitos vacinaram jovens de 12 a 17 anos? Baseados em quê? Recomendação da Anvisa? Estamos mexendo com vidas. Na molecada abaixo de 20 anos, a chance de não ter nada é de 99,9%. Compensa o custo benefício da vacina?”, disse, citando a liberação dos recursos para a compra de vacina. “Que nenhum prefeito reclame. São Paulo fechou tudo, a previsão de queda de arrecadação é de 20%. Tiveram superávit comigo. Quem deu trabalho fui eu evitando a diminuição de empregos.”

Bolsonaro disse que amanhã, dia 12, deverá ir à cidade de Aparecida, no Vale do Paraíba, para as celebrações do dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. E no dia seguinte, quarta-feira, dia 13, irá para Miracatu, interior de São Paulo, para a entrega de títulos da reforma agrária.

 

Lula

Na conversa com jornalistas, o presidente da República, que a despeito de estar ainda sem partido é candidato à reeleição no ano que vem, criticou um de seus maiores adversários, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas recentes pesquisas de intenção de voto.

“Quero parabenizar o Lula e a Dilma (ex-presidente Dilma Rousseff/PT) não deixaram nenhuma obra sem concluir no exterior, parabéns”, disse, citando a conclusão do metrô de Caracas, “com dinheiro nosso”. E emendou: “Parabéns ao PT que trabalhou muito forte fora do Brasil, com dinheiro nosso. Pergunta para quem está pagando a conta aí.”

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