Política

‘Não há mais espaço para aqueles que atentam contra os Poderes’, diz Lira após vitória

O parlamentar foi reeleito para a presidência da Câmara com votação recorde

‘Não há mais espaço para aqueles que atentam contra os Poderes’, diz Lira após vitória
‘Não há mais espaço para aqueles que atentam contra os Poderes’, diz Lira após vitória
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante a votação da PEC da Transição. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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Reeleito com votação recorde presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) fez fortes críticas aos envolvidos com os ataques golpistas de 8 de janeiro, durante discurso após a sua vitória.

Aos colegas parlamentares, chamou os participantes dos atos antidemocráticos de “vândalos e instrumentadores do caos” e disse que haverá “o rigor da lei” no julgamento.

“Não há mais espaço para aqueles que atentam contra os Poderes que simbolizam a nossa democracia. Esta Casa não acolherá, defenderá ou referendará nenhum ato, discurso ou manifestação que atente contra a democracia. Quem assim atuar terá a repulsa deste Parlamento, a rejeição do povo brasileiro e os rigores da lei”, declarou.

Lira afirmou ainda que a volta aos trabalhos do Congresso Nacional e do Judiciário prova o “funcionamento pleno da democracia” e disse que o País “não irá prosperar” sem o regime democrático.

“O dia de hoje é prova do funcionamento pleno da nossa democracia. Não é qualquer a baderna de qualquer um atacando-a materialmente que tirará a sua presença da vida, do dia a dia e do espírito dos brasileiros”, declarou.

No mesmo discurso, ele pediu uma “autocrítica” à sociedade devido ao que chamou de “criminalização da política”, processo que, segundo ele, contribuiu para abalar a “representatividade” das instituições.

Na ocasião, o presidente da Câmara fez uma referência implícita à Operação Lava Jato.

“Transformaram denúncias que deveriam ser apuradas sob o manto da lei em verdadeiras execuções públicas”, declarou Lira. “Empresas foram destruídas, empregos foram ceifados, reputações jogadas na lata do lixo. Esses atos, muitas vezes, burlaram as leis, o direito à defesa, e foram o estopim para um clima hostil em relação à política.”

A candidatura de Lira teve o apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na primeira eleição, o seu nome era sustentado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O seu desempenho foi diferente do que se viu com a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado. No caso do parlamentar de Minas Gerais, houve um decréscimo na obtenção de votos em relação ao registro de 2021.

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