Não há como remendar

Especialistas e educadores pressionam o governo Lula para revogar a excludente reforma de Michel Temer

Contraste. Com a atual estrutura, as escolas públicas não têm condições de oferecer as disciplinas eletivas previstas no novo Ensino Médio. É uma realidade completamente distinta da rede particular, que pôde absorver com tranquilidade as mudanças no currículo - Imagem: Arquivo/MDS e Kelvin Chan

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Fruto de uma Medida Provisória publicada no primeiro ano do governo de Michel Temer, o surfista do golpe de 2016, a reforma do Ensino Médio volta ao debate público. As mudanças começaram a ser implantadas por etapas a partir de 2019, dois anos após o texto ser convertido na Lei 13.415/17, e passou a ser obrigatória desde o ano passado, a começar pelos alunos do primeiro ano. A introdução do novo modelo prossegue, agora, com os estudantes do primeiro e do segundo ano e, em 2024, terá de ser concluída, abrangendo os terceiranistas que se preparam para prestar o Enem, principal porta de acesso ao ensino superior público.

Desde o primeiro momento, o novo Ensino Médio sofre resistência por parte de pesquisadores, alunos e professores, que acusam a reforma de ser excludente. A justificativa é de que o modelo vai acentuar ainda mais as desigualdades no País, devido às enormes desvantagens das escolas públicas em relação às particulares na viabilização da proposta. É com esse argumento que numerosas organizações da sociedade civil pressionam o Ministério da Educação para revogar a medida.

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