A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou, em nota à imprensa, que lamenta a saída do ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e afirmou que “garantem que não irá acontecer” interferência política na gerência da corporação – algo apontado por Moro como pretensão expressa do presidente Jair Bolsonaro.
“Para a diretoria da entidade, independentemente de quem ocupe o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Direção-geral da PF, a Polícia Federal precisa manter sua linha de autonomia e independência nos trabalhos e investigação.”, diz a Fenapref.
Segundo o depoimento de Moro, porém, Bolsonaro planejava deliberadamente ter acesso aos inquéritos da PF. O presidente teria afirmado suas intenções ao ministro, segundo ele, quando questionado sobre a troca de Valeixo de seu cargo, já que não aparentemente não havia indícios de um mal trabalho feito pelo então diretor.
Sobre isso, a Fenapef declara que “jamais a instituição deve ser atingida por interferências políficas”. O presidente do órgão, Luis Antônio Boudens, acrescenta ainda que qualquer movimento nesse sentido não irá acontecer. “O presidente da República tem o direito de fazer alterações em sua equipe, mas isso não significa – e garantimos que não irá ocorrer – qualquer tipo de interferência nas investigações criminais da Polícia Federal”, disse.
“Os quase 15 mil policiais federais, assim como toda a sociedade, esperam que as mudanças realizadas nesta sexta-feira, 24, não alterem os valores e a missão da Polícia Federal”, acrescentam.
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