‘Não consigo dormir sem uma arma do lado da cama’, diz Bolsonaro

Em live nas redes sociais, o presidente da República rebateu críticas sobre fuzil e feijão: 'Arma é símbolo da liberdade'

O presidente Jair Bolsonaro, ao lado do ministro Marcos Pontes. Foto: Reprodução

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O presidente Jair Bolsonaro demonstrou incômodo com a repercussão negativa da sua declaração sobre aquisição de fuzis e disse que “arma é o símbolo da liberdade”, durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira 2.

 

 

Em 27 de agosto, Bolsonaro havia rechaçado cobranças para que o governo estimulasse a compra de alimentos.

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Sei que custa caro. Tem idiota que fala ‘tem que comprar feijão’, mas se você não quer comprar fuzil não enche o saco de quem quer comprar”, afirmou Bolsonaro, naquela ocasião. A declaração gerou reação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que classificou o episódio como “irresponsável”.


Na live desta semana, o presidente da República rebateu as críticas e disse que não consegue dormir ‘sem uma arma do lado da cama’. Ele mora no Palácio da Alvorada, em Brasília.

“Quando eu falei em armamento outro dia, o pessoal fez meme com fuzil no prato, ‘eu não como fuzil, cartucho 762, eu como é feijão’. A arma, no meu entender, é um símbolo da liberdade”, alegou o presidente. “Eu não consigo dormir em casa, apesar de ter lá 200 pessoas por dia que estão lá, não sou eu que determino isso aí, né, eu não consigo dormir sem uma arma minha do lado da cama.”

 

‘7 de setembro será uma lição’

Bolsonaro negou que seus apoiadores pretendam ir armados aos protestos do Dia da Independência, data em que a oposição também planeja a realização de atos pelo impeachment do presidente.

O chefe do Planalto declarou que será uma manifestação “nunca vista no Brasil” e disse esperar que “uma ou duas pessoas” – em possível referência aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso – “mudem o seu comportamento, senão fica muito difícil a convivência”. Bolsonaro ainda ironizou a possibilidade de ruptura institucional por parte do seu governo: “Tem idiota que acha que eu vou dar golpe”, declarou.

Bolsonaro também defendeu a autorização da presença de policiais militares à paisana nos protestos, para dar “segurança passiva” do evento.

“Dia 7 vai ser uma lição para todos os brasileiros”, disse o presidente, em um trecho posterior.

Ao lado de Bolsonaro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse que, em 7 de setembro “é uma data perfeita para mostrar a necessidade de união” e que a população “vai mostrar exatamente isso”.

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